Bonjour meus queridos amigos e leitores, o post de hoje tem a ver com umas experiências entre vida, cinema e literatura.
Coisas estranhas acontecem na vida, mas estranhamentos são obras de arte, e enganos são coisas de filmes que acontecem de vez em quando em um café de nome francês nas esquinas de Curitiba.
Tenham uma tarde adorável e se divirtam com o poema de domingo.
Bisous.
Entre o estranhamento que você me causou e o que a arte provoca,
O da arte é o que está em voga.
Foi estranho sentar-me à mesa de um estranho por engano e continuar sentando.
Mas você achando sano seguiu com seus meandros e sustentou meu engano.
Confuso como àqueles filmes de Almodóvar que nos provoca e nos evoca,
Você aceitou minha companhia e ainda me contou tudo sobre sua vida.
Eu no começo não entendia porque tanta euforia em uma conversa despretendida.
Mas pressentia que de alguma forma a sua energia era de um garoto de estrebaria.
Eu seguindo com minha leitura era torturada por suas perguntas,
que me causavam às vezes alguma repulsa.
Eu pedi meu cappuccino, e você seguia discutindo pelas 50ml do seu cafezinho.
Qualé, ninguém nunca lhe dissera que 50ml de um copo comportam apenas um café pequeno?
Eu sei garoto castanho que nunca lera Bolaño e acabara de me contar seus planos,
Que sua euforia nada teve que ver com a cafeína.
Seus papos de garoto interiorano não disfarçaram a velocidade em que deglutia a tangerina.
Deixei meu orgulho no bolso, enquanto te desmentia sobre a vida de um curitibano.
Agora chega de tantos embrolhos, a conversa está ficando fria e hoje ainda tenho aula de androginia...
C'est fini!
De sua Juh...