sábado, 18 de junho de 2016

Bonjour, às vezes maquino o que vem, mas as vezes deixo que vaze, que saia para além de mim as palavras que me dominam e não o contrário. Não há nada que eu possa fazer para que todos possam compreender o que sai daqui de dentro, gostaria de ser sempre eloquente e eficaz, mas às vezes sou só um quebra-cabeça sem encaixes, sem harmonia e que já não se conecta mais.
O poema de hoje é uma Coisa, foi saindo da minha vontade de não deixar esse pequeno espaço de paz fugir, e ainda assim ela já foi, mas ficou o poema, e todas as vezes que olhar pra ele saberei que esse momento deveras existiu .

Sábado, dia 18 de junho de 2016
ser livre da tristeza, ser livre da incumbência de ser algo, 
Soar despretensiosa sem ter a intenção de ser.
Ser.
transparecer mais do que o último dia.
Apenas sentir, sentir, sentir...
Esquecer a palavra que empaca (difícil),
só há solução, sonhos que vêm e traduzem a alma.
mensagens do onírico que decifram a vida tridimensional.
E tudo sempre está em paz...
Não em mim, nem em você
O universo é silencioso e pacífico. Mas nós não.
a nossa é a vez de sermos barulhentos e eloquentes.
Um dia seremos pacíficos, por enquanto, somos sementes.
Ainda queimaremos uma vida por comermos só o verde.
Todas as escolhas grandiosas nos são caras e solitárias,
Eu assisto a isso, e preferia não contar a história.
Mas você me pergunta e já não me esquivo.
Eu respondo, eu argumento e não persuado.
O que digo e não me calo, só vale para quem já está encaminhado.
Aquele que dorme o sono dos "sábios" perderá a chance de me ter ao seu lado.
Acorde! Acorde!
Já estamos passando pelo aquário, 
Enquanto você piscava nós deslocamos o eixo do Estado.
Agora você escorre pelo paralelo bifurcado.

Não nos encontraremos no fim.
Eu vou com os santos e você com os safos.

Juliana S. Müller.

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