sábado, 30 de julho de 2016

Bonjour lecteurs et amis, le poème d'aujourd'hui a eté publié dans l'antologie poètique intitulé 
''Voyage autour du monde (en 80 poèmes ?)" en février de cette anneé de 2016. J'ai me oublié de publier ce poème et maintenant je voudrais de partager avec vous mes amis cette lecture.
Vous devez excuse mon français qui est terrible.
Bisous et bon week-end.

Bonjour meus leitores e amigos queridos, o poema de hoje foi publicado em uma antologia francesa intitulada "Viagem ao redor do mundo (em 80 poemas?)" no início deste ano de 2016. E eu acabei esquecendo de dividir esse momento e essa leitura com vocês, então se quiserem apreciar um pouco do idioma francês aproveitem.
Beijos e bom fim de semana.

Je me suis levé avec la nostalgie de mon sertão
J’ai rêvé que je rentrais et j’ai senti
Le désir du retour lorsque je me suis réveillé.
Ce qui me manque c’est la tranquillité de ce lieu
C’est le vent froid qui souffle lorsque
La pluie tempétueuse est sur le point de tomber
C’était bon de prendre un bain de pluie dans ces rues
Courir avec les enfants au bas des rues
Et sentir le poids des eaux froides dans le dos
Je ne peux pas avoir d’enfants
parce qu’ici je ne peux pas les élever
Cela serai pour moi une folie et un égoïsme infini
Je reconnais a quel point cette ville m’a apporté
Mais je n’arrête pas de penser aux jours heureux que j’ai passé
Au coté de tous ceux que j’aime dans mon lointain village.
                                          
                                                  (traduction Christine Foucault)

sábado, 8 de outubro de 2011

Acordei com saudades do meu sertão,
Sonhei que voltava, e senti
O desejo do regresso quando despertei.
Sinto falta da tranquilidade daquele lugar,
Do vento gelado que vem soprando, quando
A chuva tempestuosa está pra chegar.
Era bom tomar banho de chuva nas ruas,
Correr com as crianças em baixo das calhas,
E sentir o peso da água gelada nas costas.
Não posso ter filhos, porque aqui não posso criá-los,
Isso seria em mim loucura e egoísmo INFINITO.
Reconheço quão esta cidade tem me proporcionado,
Mas não deixo de pensar nos dias felizes que tive
Junto de todos que amo no meu LONGÍNQUO povoado.

Juliana S. Müller

quinta-feira, 28 de julho de 2016

être mère c'est avoir peur d'oublier qui on a eté avant d'avoir fils

Bonjour. O maior medo de toda a minha jornada foi perder o domínio da minha vida, foi deixar que qualquer um tomasse meu tempo, que minhas horas fossem dedicadas ao outro. Sempre usei meu tempo para mim, sempre destinei meus sonhos ao meu ego. E agora sou despida do meu último apego, o meu egoísmo agora não fará mais sentido. Tudo o que há em mim será teu meu filho, nada mais me pertence. Pelo menos nos próximos anos terei de ser tua, e como ficam as minhas figuras? Não sei quanto amor há em mim para suportar tamanha doação, não sei quanta força há em mim para viver tamanha devoção. Que você vem ensinar isso eu já sei, isso estou sabendo porque sigo vivendo, e cada dia, cada semana uma nova escolha nasce e uma certeza morre. Tudo o que senti desde que te vi nos meus sonhos foi a certeza de que nada mais seria solidão, mas também nada mais seria solitude, tudo já é você e eu dançando juntos.
Não tenho medo da dor, não tenho medo das durezas, tenho medo de me perder em um isolamento de amores, tenho medo de por você esquecer os meus louvores, esquecer quem eu sou, quem eu fui. Encarnar o papel de mãe mais do que o de mulher, ser uma pequena flor diante de teus pés. 
Mas não se preocupe pequeno, de todos esses medos eu me esqueço se for pra te ver voar, me faço tapete pra não te ver tropeçar.
Não tenhamos receios do que ainda é sofisma.

28 de julho de 2016. 

Mãe que me concebeu, você também tinha planos como eu?
O que você fez com os danos que te causei.
Como procedeu quando mais um filho nasceu?
Meu primeiro filho vem vindo e eu mal posso imaginar o que farei com meus livros?
Como seguirei minha vida nos próximos anos?
Como direi pro meu ego que meu tempo não será mais dele?
Que a minha trilha agora é cega e torpe.
Que toda a certeza será sua vinda,
O resto são torturas pré-concebidas.
Como escolher entre este e aquele,
Como adivinhar quais serão os macetes?

Mãe eu não sei mais onde procurar uma escada pra me apoiar.
Todos os meus sonhos morreram neste desterro.
E agora tudo o que vejo é a semente que cresce na minha barriga.
Serei mãe e não mais filha.
Serei ele não serei mais minha.
O último domínio sobre meu corpo se esvai como água-viva.
Nada mais me pertence, 
Sou a sombra de uma menina.
Tudo o que guardei no bolso caiu no meio da rua.
Escorreguei em meus próprios sonhos
e te gerei numa noite quente.

Tenho medo de que meu maior trunfo seja sua vinda em tempos descrentes.

Você o nobre e eu a mãe que beija o pé do filho sem dentes.

Juliana S. Müller.

sábado, 16 de julho de 2016

Juliana S. Müller
A evolução nos afasta das pessoas que mais amamos, é assim todo processo, por isso estou dando um descanso. Quando meu filho nascer vamos ter que ir pra outro recanto. Só olhando no espelho pra perceber o quanto estou desfigurada de mim mesma, da minha alma serena, do meu criacionismo sem arestas, não sou mais a arte de outrora nem a magia dos lares, eu sou os olhos que me julgam, os lábios que sarcasticamente querem me punir. Eu sou a inquisidora. Eu sou a calculadora que mede, que soma, que precisa mostrar resultados pra sua dona. Mas eu estou no fim do meu século, eu estou me iniciando em sequências da vida que prefiro não racionalizar. Eu alterando minha voz, eu recriminando os animais, eu sendo o pior lado de todos vocês, eu injetando veneno na glândula pineal. Me banhem em luz violeta, me reguem com cores corais, me salvem desta espiral que me carrega como a correnteza das águas mais anômalas, que empobrece meu diálogo, que me cala, que me cala, que me cala, que me cala que me cala até quando penso estar balbuciando algo a mais.
Sábado, dia 16 de julho de 2016.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Bonjour queridos leitores e amigos, esses versos de hoje são da série - Poemas que me vêm em sonhos. 

10 DE JULHO DE 2016

Aqui onde todos usam negro, 
tu flor rubra és única neste desterro.

Juliana S. Müller 

sábado, 2 de julho de 2016

Bonjour queridos leitores e amigos, um poema de sol para um dia radiante como só o inverno pode proporcionar sem causar cansaço.

Bisous.

11 de abril de 2016. 

Nenhuma folha permanecerá intacta quando você desembarcar no meu sertão.
Todos os rios congelarão para te ver nascer.
As árvores se voltarão e pedirão licença aos seus pés.
Os animais farão reverência perante teus olhos.
E eu mulher simples que sou, sangrarei meu coração, para ver o teu amor passar...

Juliana S. Müller.