Bonjour amis, algumas coisas mais nasceram em mim além de um filho e um amor. Desde que a bolsa rompeu entrei em um estado exaltado da alma do qual só começo a regressar agora aos poucos. Mas já sei que muitas outras coisas foram embora, e outras nasceram. Ainda não sei nomear quais foram e quais chegaram, só sei que há algo diferente dentro de mim, e não tem a ver com o bebê, tem a ver com meu espírito renascendo de algum recanto escuro, submergindo de uma dimensão. Um dia quando o sentido não for mais oculto ele vira poesia e aí eu conto tudo.
Por enquanto vocês pode ficar com esse poema que terminei hoje.
Tenham uma linda semana.
amém.
Perdoem os erros, depois que o Caetano chegou fiquei ainda mais cega.
03 de setembro de 2016, segunda-feira
mesclando os dias.
conforme o sol gira
os gatos se apinham em frestas que vazam pelas janelas, em busca de seus raios tão escassos neste período do ano.
As sombras são a cena deste filme,
enquanto isso nós geramos o nosso filho.
Lá fora o vento faz festa varrendo as ruas das folhas secas.
É sábado e ninguém vai à feira.
Aqui todos preferem o sabor da fruta seca.
Eu que não sou gato, que sou forasteira
Não caço o sol nem vou às feiras,
Permaneço na mesma cama como uma enferma.
A verdade é que mudaram o cenário, mas a minha cena ...
Sempre escrevendo, sempre vendo o dia nascer e varrer para debaixo da minha poesia toda a vontade de ser lida.
Deus está a lá.
E eu estou aqui ouvindo as crianças saindo do colégio, enquanto nosso filho não ri.
Vou sendo uma imagem cubista que não se encaixa em nenhuma pintura renascentista.
Se você me visse assim com ele no colo no canto do quarto, me pediria para ficar ali, quietinha sendo fotografada pelos olhos que já não vejo mais aqui.
E suas lentes armariam o maior pampeiro só para me ver descolorir os versos que andavam presos numa prosa que eu não confio, numa prosa que não diz nada de mim.
De sua Juh...
Por enquanto vocês pode ficar com esse poema que terminei hoje.
Tenham uma linda semana.
amém.
Perdoem os erros, depois que o Caetano chegou fiquei ainda mais cega.
03 de setembro de 2016, segunda-feira
mesclando os dias.
conforme o sol gira
os gatos se apinham em frestas que vazam pelas janelas, em busca de seus raios tão escassos neste período do ano.
As sombras são a cena deste filme,
enquanto isso nós geramos o nosso filho.
Lá fora o vento faz festa varrendo as ruas das folhas secas.
É sábado e ninguém vai à feira.
Aqui todos preferem o sabor da fruta seca.
Eu que não sou gato, que sou forasteira
Não caço o sol nem vou às feiras,
Permaneço na mesma cama como uma enferma.
A verdade é que mudaram o cenário, mas a minha cena ...
Sempre escrevendo, sempre vendo o dia nascer e varrer para debaixo da minha poesia toda a vontade de ser lida.
Deus está a lá.
E eu estou aqui ouvindo as crianças saindo do colégio, enquanto nosso filho não ri.
Vou sendo uma imagem cubista que não se encaixa em nenhuma pintura renascentista.
Se você me visse assim com ele no colo no canto do quarto, me pediria para ficar ali, quietinha sendo fotografada pelos olhos que já não vejo mais aqui.
E suas lentes armariam o maior pampeiro só para me ver descolorir os versos que andavam presos numa prosa que eu não confio, numa prosa que não diz nada de mim.
De sua Juh...