quarta-feira, 21 de junho de 2017

Quand le temp est court.

Bonjour amigos leitores queridos, massageando a minha alma com a possibilidade de escrever. Todos os dias eu gostaria de registrar os poemas que construo aqui e ali, "mientras" faço algo que nada tem que ver com a poesia ou o ato de escrever. Mas, cada dia tem sido mais difícil registrar os versos, e os textos que componho aqui no topo da cabeça. Isso de não ter tempo... existe.

Eu não escrevo para ser compreendida,
Quando quero ser compreendida leio outras poesias.

Eu escrevo, porque quero ser tocada pelo pensamento que me lê.
Quero ser olhada, pelos olhos que não posso adivinhar.

Eu escrevo porque o chacoalhar dos galhos das árvores deve ser eternizado.
E a sombra que o sol do entardecer faz todos os dias na parede do meu quarto
é belo demais para não estar entre os versos que guardarei em meus retratos.

Eu escrevo menos, mas escrevo mais.
Sei tão menos sobre a literatura,
Sei tão mais sobre o que vem a ser depois dela.

Então escrevo para não esquecer como é que se constroem frases.
Quando o diálogo da fala é escasso,
O verbo aqui mal empregado, ganha força e libera a minha mente.

Por fim, eu escrevo pra ter certeza que as bocas que me beijam nos sonhos à noite
saberão da minha existência quando, o choro do filho me despertar pra realidade anônima.

Ora pois, não fosse a poesia, você nem repousaria seus olhos em mim neste dia.

Juliana S. Müller.