domingo, 12 de abril de 2020

Bom dia meus leitores e amigos, como estão os seus ânimos?
Eu apenas ando, sem roupas, sem máscaras, estou indo, não sei para aonde, mas vou e sem parar.
Meus ânimos?
Ah eles oscilam, da mais pura alegria ao melancolismo dos dias.
E com isso eu faço música, escrevo poemas, divirto a minha cria.
Não obsessiono com nada, apenas deixo as coisas existirem, porque se organizar direitinho dá pra sentir tudo e ainda ficar sã.

Tenham um lindo dia.

bisous.

11 de abril de 2020.


Não tenho mais versos pra vocês,
Parece que novamente virei prosa.
E a cada cinco anos acontece em mim um revira volta.
Há cinco anos eu enlouquecia.
Há cinco anos eu era uma menina
Que recém nascia.
Hoje eu sou uma Dama
já não enlouqueço mais
Mas continuo nascendo.
E todos sabemos que gestar não é fácil,
e que o parto é sempre dolorido
podendo variar de dias a horas.
Mas quando conseguimos tirar a cabeça
e vislumbrar a luz de fora novamente
e respirar o ar com os pulmões mais fortes que outrora
É uma ação que nos revigora.
E desse parto que estou vivendo
não sei o que nascerá agora.
Mas sinto as contrações da partida
e sei que é chegada a hora de sair desta casa
que com muito amor me gestou.
E a cada nova partida, sinto mais a dor da saída.
Deveria ficar mais fácil,
mas já quase não tenho forças pra sair.
A única razão que me motiva a continuar
escorregando pelo caminho a fora
é a certeza de que tempo demais no conforto do útero
também te mata, te sufoca, te afoga.
E com essa certeza eu impulsiono meu pés
e confio na intuição do coração
porque a mente...
A mente me sabota.


De sua Juh...