mais um elo perdido, entre tantos elos sou quase um mendigo.
Bisous meus queridos leitores. Boa noite
15 de setembro de 2011,
quinta-feira
Ouvi aquelas vozes que
falavam ao meu ouvido,
Não eram mais do que sussurros,
sons indefinidos.
Pareciam miados,
gemidos e bocejos felinos.
As mulheres algumas
nuas outras enroladas em papel,
Interpelavam-se com animações
que me tiraram o sono,
Como ninfas em uma
gruta taparam seus olhos.
Dançavam sem compassos,
umas giravam outras apenas caminhavam.
Era uma atmosfera suja
e vermelha, uma terra sem fronteiras.
Com olhos vendados
desenhavam nas paredes,
Figuras tão geométricas
que lembrariam a qualquer rupestre.
Mas algo tão trivial
como uma bola branca em uma parede azul,
Deixava o ambiente com
a aparência de uma noite sem fim.
Uma cega procurando o
ar com as pontas dos dedos, procurando apalpar.
Duas jovens tocavam
seus rostos, esfregavam suas faces uma na outra,
Sentindo na pele o tato
que os ritmos doces podem causar,
E na sombra veio o
beijo, e a sombra o espelho das almas noturnas.
Mulheres engatinhavam
como gatos varrendo a rua,
Naquela sala
desvairada, onde dois corpos ocupavam dois espaços.
E a expressão dos
corpos, dos braços se esticando, e das faces procurando o sol.
Como retirantes
procuravam seu itinerário, seguindo um som que vinha de um rádio.
Com passos ensaiados,
imitavam umas as outras, deixando aquele espaço,
Repleto de luz e
sombra.
Juliana S. Muller
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