sábado, 19 de julho de 2014

bonne nuit.
Este poema não precisa de introdução, ele se explica por si só.
Espero que apreciem...
bisous..

19 de julho de 2014

eu que já não sou nada
que já não sei de nada
que já não vejo nada
que não creio em nada
que não vivo nada
que não escrevo nada
que não desfruto nada
que não logrei nada
que não encontro nada
que não criei nada
que não ganhei nada
que não conheci ninguém
que não amei ninguém
que não surpreendi ninguém
que ignorei você
que desisti da vida
que me entreguei ao medo
que desisti dos segredos
que nunca serei poeta
que nunca vencerei festivais
que nunca serei algo mais
que finjo viver o real
que nunca encontro meu quintal
que passo os dias lendo sem mais
que não me expresso mais
que me deixo aos carrapatos
que imploro por um sinal
que espero pela salvação
que me distinguo de outras nações
que me engano com palavrões
que não sei o nome do meu tédio
que vivo como um velho cego
que desacredito os jovens pretensos 
que perdi o rumo de meus passos certos...

eu espero um sinal...

De sua Juh...

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