terça-feira, 22 de março de 2016

bonjour queridos e queridas, com toda certeza o poema de hoje não é o mais belo, o melhor ou o que me dará mais acessos, mas sem dúvidas é o que mais lágrimas de amor me enchem o rosto ao escrevê-lo, não fosse as palmas no portão e estaria chorando rios ainda.

Ai esses hormônios, esse chuvisco
botam a gente sensível como o diacho...

Palavras para Laura.


terça-feira, dia 22 de março de 2016
Os teus pés estavam lá, experimentando pela primeira vez a água do mar.
Sentindo as mini-crateras que o arrastar das ondas provocam na sola dos pés contra teu peso na areia.
E eu não estava lá porque não era mãe, porque era ninguém.
Mas eu senti a tua aura vibrar com a imensidão que poderia te levar pra sempre de mim.
Eu sei das batidas do teu coração ao descobrir que a água que te gerou é também a água que nutre teu corpo minúsculo.

Enquanto as palavras não vêm eu adivinho teus sonhos, tuas alegrias.
E me desdobro na tentativa de tirar da tua boca o sorriso mais sincero.

Eu não tenho muitas palavras para Laura, porque Laura é silêncio e meditação.
Mas eu poderia encher teu coração de adjetivos que não encontro em mim.
Espero que esses olhos que arrancaram de mim o amor mais intenso, arranque do mundo o ódio e devolva-o ao seu estado de nascimento – puro amor.
Enquanto você descobre a liberdade do caminhar, eu vou descobrindo você em cada verso em cada verbo que inutilizo pra te decifrar.

Juliana S. Müller.

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