quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Califórnia queima.

Bonsoir amigos e leitores queridos. O poema de hoje é refrescante e apaixonado.
É bom relaxar no meio de tanto caos instaurado. Quem acompanha as notícias do mundo, sabe que estamos cavando um imenso buraco. Contudo, nada termina aqui, sempre haverá outros pontos, e vírgulas até o ponto final. Então vamos relaxar o espírito com um pouco de liberdade poética.

beijim e um ótimo dia para todos que me lêem e para os que acompanham a minha escrita.


07 de dezembro de 2017. quinta-feira

Primeiro eu conheci a Califórnia pelos olhos do cinema Americano.
Eu gostei, mas não me apaixonei.
Depois eu conheci a Califórnia através da era hippie,
simpatizei, sintonizei, mas não me apaixonei.
E por último e muito mais alarmante,
conheci a Califórnia pela língua vulgar daquele velho traumatizado.
Ele fez o que todos que me seduzem fazem;
Me chocou com a sua infeliz realidade.

Me convenceu a viver em um quarto miserável,
e me desprender de qualquer ordem e sanidade.
Ele me libertou dos meus pudores cristãos, 
e me deixou cara à cara com o meu escárnio.
Andei pelas ruas dos guetos de Los Angeles,
ouvi todas aquelas sirenes invadindo a cidade.
Conheci os cenários mais sórdidos, e me acostumei
me apaixonei por essa vida à revelia.
Foi pela voz rouca embriagada do velho intrépido,
que me apaixonei definitivamente pela Califórnia insolente.
Mas como todo amor tem um fim trágico...

Califórnia foi vendida para a tecnologia,
e os velhos hippies de trajes nada sofisticados foram vilipendiados,
assim como a harmonia entre, cultura e mercado, divorciados.
Hoje minha paixão queima, 
ardem as labaredas por todos os lados.
Em comum acordo entre hippies e nativos,
decidimos que nossa história teria um fim memorável.
Incendiamos a Califórnia.
Enquanto acendíamos o nosso último baseado.

Juliana S. MÜLLER.

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