Bonjour aos leitores e amigos da vida e do blog. Um poema cheio de imagens comuns e aconchegos no imaginário.
Sou fã do inverno, desde os primórdios, e isto é em mim, irremediável. Admiro o equilíbrio das estações do ano no espírito, o qual precisa de muitas influências externas para compreender o seu próprio estado. A filosofia oriental chinesa fala abertamente sobre isso, sobre nos adequarmos e não relutarmos com casa estação do ano. E a beleza do mundo são as suas diferenças. Amar cada dia, cada clima com suas peculiaridades, e procurar entender e se integrar da forma mais harmônica possível e respeitosa, evita muitos conflitos no corpo físico e espiritual. O recolhimento do inverno é tão essencial quanto à extroversão do verão. Quando agimos da mesma maneira, e exigimos do nosso corpo e do nosso intelecto, as mesmas coisas durante os diferentes períodos climáticos do ano, desrespeitamos o acordo firmado entre espírito e corpo, e então temos de lidar com todas as doenças e desequilíbrios o ano inteiro.
Não precisa amar como eu, mas aprenda a respeitar as diferentes estações que o nosso lindo planeta fornece ao nosso ambiente, e tente sintonizar com o que o seu espírito precisa em cada determinado tempo.
Eu sofro, com cada atraso do frio outonal, e com os desequilíbrios que o nosso modo de vida não sustentável vem causando no planeta. Espero que tenhamos um inverno intenso e equilibrado, para que a primavera e o verão sejam tranquilos e os insetos controlados.
Tenham uma boa leitura.
Abraços e muitos beijos.
É FATO.
Que meu humor melhora com o inverno.
Meus poros se contraem e minha pele rejuvenesce.
Meus olhos clareiam no gris do céu.
E o vento gelado me faz pensar de forma aguçada.
A música francesa aveludada vira hit no meu som.
E as roupas de lã me afagam.
Os meus poemas saem com maior deleite.
O caldo quente de todas as noites
O vapor do chuveiro, gratificante.
Os nossos corpos na cama, apertados.
Chocolate quente.
Cachecóis.
Meias felpudas.
A pele seca.
Algum resfriado.
As blusas grandes,
o livro aberto na poltrona.
O ar limpo qual cristal.
O horizonte nítido.
As texturas sobrepostas em tons de peles descobertas arrepiadas.
Ah, o inverno.
Me aproxima de Paris.
Me afasta dos trópicos.
Reconquista outros espaços.
Funda em mim outra nação.
Outro idioma.
Outros colapsos.
As ruas silenciosas.
As pessoas mais receosas.
O reflexo da luz no asfalto molhado.
A introspecção.
O resguardo.
O chá quente.
O sangue congelado.
O som mais abafado.
As portas e janelas fechadas.
Eu encerrada em meu quarto.
As cobertas acumuladas, enroladas, amontoadas.
O contato com o sanitário gelado.
Ah, o frio.
Não há nada que eu possa fazer, amo o ar gelado.
O sol acabrunhado,
os insetos encavernados.
O sono das crianças prolongados.
O aconchego ao redor do fogo que queima todos os pensamentos.
O silêncio.
O silêncio.
O silêncio.
Quebrado pelas gotas de chuva que ao contrário das lágrimas descem frias e não alcançam meu coração.
O inverno é o recolhimento d'alma.
E não há culpa no desfrute desse aconchego.
Que acabe com o sofrimento dos moribundos nas ruas encharcadas.
Não me queixo.
Aqueço os pés com água quente
e bebo chá de alho quando necessário.
A poesia está além dos muros congelados.
Ela está dentro de mim,
E comigo eu sei o que faço.
Juliana S. Müller.
Sou fã do inverno, desde os primórdios, e isto é em mim, irremediável. Admiro o equilíbrio das estações do ano no espírito, o qual precisa de muitas influências externas para compreender o seu próprio estado. A filosofia oriental chinesa fala abertamente sobre isso, sobre nos adequarmos e não relutarmos com casa estação do ano. E a beleza do mundo são as suas diferenças. Amar cada dia, cada clima com suas peculiaridades, e procurar entender e se integrar da forma mais harmônica possível e respeitosa, evita muitos conflitos no corpo físico e espiritual. O recolhimento do inverno é tão essencial quanto à extroversão do verão. Quando agimos da mesma maneira, e exigimos do nosso corpo e do nosso intelecto, as mesmas coisas durante os diferentes períodos climáticos do ano, desrespeitamos o acordo firmado entre espírito e corpo, e então temos de lidar com todas as doenças e desequilíbrios o ano inteiro.
Não precisa amar como eu, mas aprenda a respeitar as diferentes estações que o nosso lindo planeta fornece ao nosso ambiente, e tente sintonizar com o que o seu espírito precisa em cada determinado tempo.
Eu sofro, com cada atraso do frio outonal, e com os desequilíbrios que o nosso modo de vida não sustentável vem causando no planeta. Espero que tenhamos um inverno intenso e equilibrado, para que a primavera e o verão sejam tranquilos e os insetos controlados.
Tenham uma boa leitura.
Abraços e muitos beijos.
É FATO.
Que meu humor melhora com o inverno.
Meus poros se contraem e minha pele rejuvenesce.
Meus olhos clareiam no gris do céu.
E o vento gelado me faz pensar de forma aguçada.
A música francesa aveludada vira hit no meu som.
E as roupas de lã me afagam.
Os meus poemas saem com maior deleite.
O caldo quente de todas as noites
O vapor do chuveiro, gratificante.
Os nossos corpos na cama, apertados.
Chocolate quente.
Cachecóis.
Meias felpudas.
A pele seca.
Algum resfriado.
As blusas grandes,
o livro aberto na poltrona.
O ar limpo qual cristal.
O horizonte nítido.
As texturas sobrepostas em tons de peles descobertas arrepiadas.
Ah, o inverno.
Me aproxima de Paris.
Me afasta dos trópicos.
Reconquista outros espaços.
Funda em mim outra nação.
Outro idioma.
Outros colapsos.
As ruas silenciosas.
As pessoas mais receosas.
O reflexo da luz no asfalto molhado.
A introspecção.
O resguardo.
O chá quente.
O sangue congelado.
O som mais abafado.
As portas e janelas fechadas.
Eu encerrada em meu quarto.
As cobertas acumuladas, enroladas, amontoadas.
O contato com o sanitário gelado.
Ah, o frio.
Não há nada que eu possa fazer, amo o ar gelado.
O sol acabrunhado,
os insetos encavernados.
O sono das crianças prolongados.
O aconchego ao redor do fogo que queima todos os pensamentos.
O silêncio.
O silêncio.
O silêncio.
Quebrado pelas gotas de chuva que ao contrário das lágrimas descem frias e não alcançam meu coração.
O inverno é o recolhimento d'alma.
E não há culpa no desfrute desse aconchego.
Que acabe com o sofrimento dos moribundos nas ruas encharcadas.
Não me queixo.
Aqueço os pés com água quente
e bebo chá de alho quando necessário.
A poesia está além dos muros congelados.
Ela está dentro de mim,
E comigo eu sei o que faço.
Juliana S. Müller.
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