sexta-feira, 26 de junho de 2015

Tudo me altera, exatamente tudo. Um poema escrito há cem anos atrás, uma música recém lançada. Um filme que nenhum crítico se atreve descrever, ou um romance de prosa torta. Tudo me altera e me renova, e me mostra a verdadeira face da chamada vida, o verdadeiro motivo de estarmos aqui de volta. Nada é tão empolgante agora. As pessoas nascem, alguns crescem, evoluem, outros definham viram em nada, e quando morrem já não fazem a menor falta. E é assim que deveria ser sempre, sempre deveríamos significar nada, mas acontece que tem gente que gosta de ser escória e acaba vendendo a alma pra sair na capa.
Deus me livre de todos os pecados que ainda não cometi, e me dê confiança o suficiente pra ser sempre anônima, cada dia menos me interessa fazer tarde da sua história.


Mais um poema para todos aqueles que me leem.

 26/06/2015 sexta-feira
Se eu pudesse beberia como o velho Bukowski,   
Mas eu sou de outro século e por aqui não se toleram Chinaskis.
Toda essa gente não me representa em nada.
Nada mais importa do que a poesia escrita nas portas de banheiros.
Essa casa tão limpa, tão cheia de salas, nada disso me consola.
Hoje poderia morar numa espelunca do Guadalupe
E minha rima continuaria igual.
Nada do que eles escrevem é real, é tudo lirismo banal.
Eles foram para as universidades e aprenderam a ser babacas convencionais.
Nós pobres de money e ricos na graça, aprendemos a fazer fumaça.
Tanto faz meu homem dizia, tanto faz. E eu já sabia.
Cada dia que se passava eu entendia que tanto fazia tudo nessa vida.
Nada é real que não possa virar fantasia.
Hoje nada faz sentido, amanhã a morte traz a indelével epifania.
E no final depois que atravessam a linha, todos ficam com seus egos suspensos
Sem entender onde foi parar a empregada que os servia.
Tudo, tudo aqui é ilusão, menos a poesia.
Os versos vão permanecer aqui e lá.
A carne vai apodrecer quando você parar de respirar,
A sua imagem vai virar comida para as traças, as reais e as imaginárias.
Todos vão comprar sua imagem antes de conhecerem sua história.
É isso que sobra depois que atravessamos as fronteiras.
Nada.
O que você puder aprender aqui faça.
Deixar para aprender depois é a pior de suas trapaças.
Isso não é conselho meu querido charlatão.
É apenas o consolo que não terás quando vieres choramingar lamúrias na porta da minha casa

De sua Juh...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Bom dia queridos amigos e leitores, o poema de hoje é uma partícula daquilo que eu gostaria de dizer todos os dias para todos vocês que me leem e acompanham o blog com tanto carinho.
Eu espero inspirar o dia e o espírito de vocês.
Tenham uma linda e próspera semana,
Não nos contentemos com o mentira que nos contam.




segunda-feira, dia 18 de maio de 2015

Eu sou a geração que rasga diploma,
Eu sou a geração que reza e questiona.
Eu sou a mulher que escolhe o seu destino.
Eu sou a mulher que irrompe no desatino.
Eu sou a criança que nasce e já entende.
Eu sou a criança que perdoa seu antecedente.
Eu sou a voz que ouve Deus e o representa
Eu sou a voz você ouve e não aguenta.
Eu sou o poro que sente o universo se movimentando.
Eu sou o poro que sente a revolução começando.
Eu sou a luz que não esquece a sua essência.
Eu sou a luz que aquece a sua ascendência.
Eu sou a mente que coa os sons que no sonho me contam.
Eu sou a mente que coa os pensamentos que me ecoam.
Eu sou Deus pleno e inconsciente.
Eu sou Deus semeando em suas mentes.


De sua Juh...

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Bonjour chéris, hoje fiz um poeminha cheio de rimas clichês, e cheio de simplicidade porque a beleza está na simplicidade das palavras, dos objetos, dos gestos, e isso estava meio esquecido em mim.
Ana você resgatou a parte mais bonita dos meus olhos que eu havia perdido no meio dos holocaustos da vida. Obrigada Ana Larousse por inspirar as nossas vidas.


quarta-feira, dia 29 de abril de 2015

Delicatesse

Eu fiz um poema no canto da sala,
Com livros de francês, vaso de flor, e móvel achado no porão.
Eu fiz um poema sem saber que também era canção.
Um canto que não tinha amor,
Um canto que nem sequer liberava a imaginação.
Eu fui lá e sem perceber transformei aquele pequeno pedaço de nada
Em uma grande parte do meu coração.

Com amor, imaginação e intuição,
transformei em poesia um pequeno pedaço em branco de chão.


De sua Juh...

segunda-feira, 27 de abril de 2015


bonjour meus amigos e leitores queridos.
tenham uma boa semana e desfrutem dos versos que eu deixo para vocês.
Bisous.


Ei amor...vamos fazer uma coisa hoje?

Vamos deitar os dois no tapete da sala,
Entrelaçar nossos corpos e aquecer nossas almas?

Vamos decorar nossa casa com nossos prazeres,
e perfumar a cama com nossos suores.

Vamos afundar naquela banheira de água fervente
enquanto lá fora todos imploram por uma terra emergente.

Vamos amor!
Agarra na minha cintura com força porque ando em passos largos,
Não temos tempo pra sermos altruístas,
o mundo espera demais de nossos egos imperialistas.

De sua Juh...


quinta-feira, 26 de março de 2015

Bonjour chéris, trago hoje um poema de amor para aquecer os corações, já que essa brisa de outono vem trazendo aos poucos o frio que já conhecemos e que por vezes congela nossos sentimentos e nossas emoções.
Bisous e tenham um dia agradável.


26 de março de 2015, quinta-feira

Quero contaminar minha pele com tua saliva
Deslizar meus braços em tua cintura fina.
Fazer carícias em teus braços brancos nus.

Desejo perpetuar meus beijos em tuas pernas,
Plantar flores em teu ventre e ver a rosa florir.

Farei de teu corpo o meu lar e meu oratório.
Desenharei meus sonhos nos vãos entre teus olhos.
E mais de uma vez me ajoelharei diante teus pés
Porque reconhecendo tua divindade, me prostrarei a você
até meus olhos esquecerem o verdadeiro azul do céu.
Afundarei meus dedos em teus cabelos loiros
até que tudo em mim seja o teu cheiro.
Jamais viverei sem teus olhos ternos e plenos de amor,
Você encontrou em mim a fonte mascarada de ser ator.
E agora por estes dias tudo o que quero é seu teu mais devoto senhor.

De sua Juh...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A verdade está tão mas tão distante de seus olhos, que não vale a pena viver este sentimento junto com o mundo. O isolamento de poucos em momentos de euforias me diz muito sobre a consciência daquele indivíduo na sua comunhão com o universo.

Tenham uma boa experiência.
Porque ultimamente não tenho achado muita graça...




Quinta-feira dia 26 de fevereiro de 2015
Está tudo louco, tudo descascando pelos cantos
E como não poderia ser diferente a página precisa ser virada
Mas toda página que muda pesa mais que a anterior.
E toda visão que se corrompe perde um pouco da paz.

Ser algo no meio do todo é ser algo mais,
Ser algo sozinho no topo é ser pouco demais,

Está tudo virando transtorno, palavras escassas
O peso do corpo que sobe o morro, morre a cada esforço que faz
Está tudo suspenso nos voos que minhas asas suspendem e caem.
O retorno é sempre um desconforto que só aguenta quem se desfaz.

Ter algo pra oferecer ao outro, o segredo da paz
Ter algo sempre no bolso mesmo que seja um ás.

Das conversas contentes na mesa nada disso é real,
Vocês falam coisas que no cotidiano nunca permanecem,
Que logo depois do cigarro de maconha de desfazem se desvanecem.
Você me odeia com cada célula do seu corpo, mas só transparece subindo escadas com sofás nas costas.

Os meus sintomas ninguém os conhece, nem o gato, nem o psicanalista, nem o pássaro nem os ciprestes.
Nada do que eu faço é real, nada do que eu digo é real.
Sou apenas uma atriz em tempo integral tentando atuar de forma ilegal.
Enquanto vocês absorvem minhas mentiras e atestam minhas loucuras
Eu descasco no meio do palco tentando me agarrar ao último traço de sanidade.
São só palavras, são só pensamentos.
Vocês nunca aguentaram subir as escadas que levam até o meu verdadeiro sentimento.

Juliana S. Müller.



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Queridos leitores amigos, estou cansadíssima então me perdoem qualquer erro neste texto, mas emoções como estas a gente tem que dividir, antes que tudo vire poeira cósmica.
O Psicodália 2015.

Sim nós psicodálicos estamos dividindo o mesmo sentimento neste momento, e ao contrário do que experimentamos nos anos anteriores este evento parece nos ter sido usurpado por uma corrente de pessoas que não se enquadram nos nossos esquadros.
Não foi a chuva, nem o aumento dos preços, não foi a lama, foram as inúmeras pessoas desconcertadas que apareceram no nosso festival mais puro de amor e corromperam-no com as suas câmeras modernas, seus paus de Self, secadores impertinentes, seus celulares eternamente ocupando tomadas, seus cremes hidratantes que transmutaram os odores da nossa velha fazenda guerreira.
QUEM CONVIDOU VOCÊS PARA A NOSSA FESTA?

Sim, parece que este ano toda aquela naturalidade, aquele amor incondicional e a pureza foram atropelados, por carros 4x4 que invadiram nossa energia e destruíram o nosso retiro de carnaval com suas modernas câmeras e celulares.

Quem não percebeu a total discrepância entre os veteranos e os intrusos?
Vimos muita cara feia, e muita gente mimada, vimos muito churrasco, e muito descaso. Fomos empurrados, pisoteados, por essas pessoas que naturalmente frequentam outros eventos e festivais, e que por um erro de cálculo foram parar no Psicodália 2015.

Até as ninfas sentiram-se desconfortáveis ao encenar o seu número tão esperado por todos os psicodálicos, toda aquela pureza e ingenuidade ficaram congeladas pelas caras transfiguradas daqueles que não compreendem a arte dos psicodálicos, e viram com seus olhos cheios de maldades, malícia e desprezo que enche a cabeça destes seres alienados que caíram por acaso neste festival que este ano ficou com a cara desfigurada.

Nós somos psicodálicos, e para entrar nesta sintonia você tem que merecer estar neste evento que é tão puro e genuíno como as crianças que sempre correm por lá sem medo de sujar os pés.
Os olhares este ano estavam carregados de malícia e álcool, tropeçavam em nós e simplesmente ignoravam o fato, toda aquela gente maravilhosa e educada ficou encurralada pela caça predatória daquelas pessoas desavisadas que confundiram o Psicodália com a festa have na beira da praia.

Não sei quantas das seis mil pessoas que estavam lá sentiram esse desconforto tão inédito neste evento como as camisas de marca famosa. O Psicodália naturalmente não tem regras, nem preconceitos, mas levar nosso amor pras cavernas foi golpe baixo.

Todos percebemos que o Psicodália não reconheceu aqueles filhos intrometidos,o tempo se fechou e não mudou de cara, tentando convencê-los de que seu lugar não era no meio da lama predatória, mas sim em um belo resort em algum lugar bem distante das nossas barracas e nosso paraíso alternativo.

O que esperamos é que nos próximos anos estes filhos bastardos não voltem a corromper a nossa energia que desta vez ficou vibrando pelas entrelinhas. Quem estava lá sentiu, que nada foi tão doloroso quanto a falta de amor nos olhos e corações daquela desafortunada gente, a falta de educação que deixou emporcalhada toda a fazenda. Nem as placas que aconselhavam não deixar o lixo para trás comoveu aquela gente de coração feito de bala e pedra.

Sinceramente não espero aplausos, apenas, que os verdadeiros psicodálicos não desistam do nosso recanto oculto, e que persistam na vibração da nossa energia que sempre vibra tão alta neste encontro anual que nos faz flutuar nas bolhas se sabão das crianças. Imploro que essa gente escolha curtir seu buquê de doces em outros carnavais e deixem o nosso lamaçal com quem sabe lidar com Gaya.

De todo aquele lixo amontoado deixado para trás, o maior desrespeito desses dias foi o de vocês terem invadido e usurpado a nossa única alegria que era a pureza da nossa psicodálica sintonia.

Obs: nunca se viu tanta gente engomadinha, cheirosinha e mimadinha no psicovila. Nos poupem de suas viagens internacionais, nós aqui desta dimensão gostamos mesmo é de comparar nossas viagens astrais.

Beijos e levem suas opiniões malcriadas com vocês, chamar o show de um senhor Mutante, que fez história na música deste país maravilha de porcaria, é no mínimo ofender toda uma ideologia que vocês quase desconstruíram com  suas línguas ácidas.

Bailarinas não chorem se por acaso tropeçarem no passo,
pior são aqueles que desconhecendo o compasso cavam a queda de outros com seu desprezo.
Ninfas não desapareçam de nossas vidas,
nosso amor foi atropelado, mas ainda vive nas pétalas de sempre-vivas.
Palhaços não desistam de seus truques,
nós acreditamos na sua graça mesmo que o mundo todo o implique.
Maestros não interrompam a orquestra se por acaso não ouvirem os aplausos,
nem todos aqueles que o ouvem possuem ouvidos atrofiados.
Duendes que colorem e preenchem nossos espaços,
Não abandonem a carapuça se acaso forem tratados como malacos.
Sereias não interrompam o seu canto ao se banharem no lago,
nem todos entenderam de suas tranças e muito poucos acompanharão o seu chamado,
pois aqueles poucos que compreendem a sua essência trançarão mil rosas por um canto seu.


Sim isso é um manifesto contra todos aqueles que não compreendem, nem sentem o mundo e a natureza com o coração e acabaram destruindo a energia de toda uma reunião.

Até o grande bordão Wagnerrrr perdeu a graça quando pronunciado pelas bocas destes seres desfigurados.

De sua Juh...

Viajar com gatos...

Bom dia meus queridos leitores, venho hoje nesta quinta-feira maravilhosa relatar minha experiência com o meu gatinho Chicó, ele tem apenas cinco meses mas já é um Lord. É preciso dizer que Chicó não é um gato comum, ele é um ser muito evoluído e que contradiz muito do que se sabe sobre os gatos. Pois bem, minha primeira viagem com o Chicó foi uma experiência inusitada com uma contagem de quase oito horas de estrada rumo à casa dos meus pais.

Chicó não quis ficar na sua casinha de transporte adequada e dentro da lei, ele começou a fazer muito drama e não aguentou nem vinte minutos preso naquela gaiola, o que me fez abrir mão da lei e deixá-lo à vontade em meu colo durante toda a viagem. A bem da verdade é que ele não deu trabalho algum em todo o trajeto, ele só  miou no primeiro momento, depois ficou tranquilo e muito à vontade com toda aquela situação. Nós paramos duas vezes pra ele comer, beber água, fazer suas necessidades, e ele estava super tranquilo, não se assustou, nem tentou fugir, apenas estava curioso com as coisas ao seu redor, algo normal pra alguém que viaja pela primeira vez.
A dificuldade começou quando chegamos na casa da familiada para a festa de Natal, porque lá havia um zoológico inteiro de bichos pra lá e pra cá, e o Chicó como um típico gato da capital não convive com outros animais desde os seus três meses de idade, então ficou com medo e quis logicamente se esconder.
Nosso filhote ficou na casa da minha mãe, uma residência com três gatos, uma cachorrinha e um papagaio. Nos dois primeiros dias Chicó ficava todo eriçado com os seus priminhos, mas a partir do terceiro dia já estava pulando e aprontando com toda a bicharada e sentindo-se quase em casa. O único fator que fez ele odiar essa aventura, foi a minha ausência, já que eu permaneci na casa da minha irmã, o que fez ele pensar que nós o havíamos abandonado. Com esse pensamento ele tentou se aventurar por um dia inteiro fora de casa, e nos deixou com o coração na mão, mas.... Chicó é um gato danado, ele gosta de se aventurar, e neste dia e noite em que ele passou fora, estava na verdade desbravando o território e tentando conquistar seu pedaço de terra, já que acreditava ser seu novo lar.
No fim ele estava se aventurando com outro gato que mora no bueiro na frente da casa dos meus pais, ele fez amizade logo com esse gato de bueiro e sentiu-se muito bem aprendendo novas peripécias com este gatinho de rua.
Meu herói/marido encontrou ele depois de quase 24 horas da fuga/desbravamento do Chicó, o que me fez pemanecer esta noite na casa da minha mãe para que ele percebesse que nós não o estávamos deixando ali e que era apenas uma permanência temporária.
Resumindo, nós ficamos dez dias, e depois do terceiro dia e de sua fuga baladeira, ele ficou super tranquilo e dominando tudo ao seu redor, se adaptou aos outros animais, mas afastou o rei do pedaço e tomou lugar no centro da mesa, literalmente. Um dia chegamos e lá estava o Chicó deitado na mesa da cozinha, com seus súditos Rohni e Tristin deitados embaixo nas cadeiras um de cada lado como uma trindade de gatos, prontos para dominar o território.
Sim essa aventura durou pouco, mas a adaptação do Chicó foi ótima, é claro que ele não gostava muito de ter que dividir tudo com outros gatos, mas no fim das contas foi um grande aprendizado para um gato mimado que tem tudo e não precisa enfrentar fila pra hora do rango.

Na volta nosso filhote ficou enjoado e eu tive que deitá-lo de barriga pra cima e acariciar sua barriga durante todo o percurso. Ele não fez coco, nem xixi dentro do carro enquanto viajávamos, como eu disse ele é um Lord. Quando chegamos em casa ele ficou feliz da vida, e muito grato por não termos abandonado-o naquela casa cheia de outros gatos, afinal, como todo gato ele ama ser o único rei do pedaço. De toda essa aventura, a única coisa que ele realmente não gostou foi ter ficado sozinho numa nova casa, ele pensou mesmo que iríamos deixá-lo morando lá, e isso era visível em seu olhar blasé quando eu tentava acariciá-lo. Durante esse período de dez dias, todas as vezes que eu queria fazer carinho nele, tinha de me retirar para um lugar afastado, assim ele recebia com prazer os cafunés e voltava a se sentir amado, agora quando tinha outros animais por perto ele ignorava minha atenção e corria brincar com os outros gatos. Resumindo os gatos são nossos donos e são extremamente possessivos, se tentarmos dividi-los com outros seres eles irão se vingar e sentirão seu orgulho ferido, mas isso só no começo quando eles ainda sentem-se ameaçados pelos perigos que ainda não conhecem, e como ato de defesa ignoram todos à sua volta.

Essa foi a primeira vez que ele andou de carro, e também a primeira vez que conviveu com outros felinos, mas é preciso dizer que sobre tudo o que se diz de gatos, o Chicó supera as expectativas, a conexão que ele fez conosco é realmente grande e genuína, ele não é castrado e provavelmente nunca será, HOJE NÃO TEMO MAIS SUAS FUGAS, aprendi a respeitar sua natureza e amá-lo incondicionalmente. As pessoas não entendem nada de amar, elas aprisionam todos os que amam, seja em gaiolas, coleiras, quartos, casas, casamentos, enfim, se um dia nosso filhote desejar o mundo e sim ele já fugiu algumas vezes, nós entenderemos, os seres vivos são assim, eles querem desbravar o mundo, e se isso for a vontade de nosso Lord então que seja assim.







Viajar com Gatos parte II

Listo! Agora é preciso dizer que o Chicó já tem cinco meses e está muito mais consciente de sua existência e de suas relações com os humanos.
Neste feriado de carnaval nós três, Chicó, Arnoldo e eu fomos viajar pra Santa Catarina no festival mais amado do sul do mundo o Psicodália. 
Nós viajamos pela manhã então tivemos que lidar com o coco do Chicó dentro do carro já que viajamos no horário de suas necessidades básicas. Nada de grave ele fez seu cocozinho, mamãe limpou e ele ficou quietinho. Quando chegamos na Fazenda ele já começou a querer experimentar tudo ao seu redor, mesmo com um pouco de medo pelo número grande de pessoas, mas nada que o impedisse de espionar todos com muita curiosidade por baixo das coisas às quais ele se enfiava como nosso carro. Quando chegamos no festival todas as pessoas queriam acariciá-lo e me questionavam se ele não fugiria e blablablá... Eu simplesmente respondia que não sabia, pode ser que ele fugisse eu nunca tinha tentado isso e ninguém jamais tentou para nos contar, então aqui estou eu para mais uma vez experimentar algo inusitado e contra as indicações.

O festival é uma espécie de encontro anual de pessoas maravilhosas com muito amor no coração e muita paz, este ano foi um pouco diferente, fomos atingidos por uma frente fria de pessoas que nada tinham que ver com o festival, uma galera de cara congelada, com roupas da moda acreditando fazer parte do nosso festival, mentira. Eles congelaram nossos corações e destruíram nosso recanto espiritual com suas modernidades, paus de selfie, chapinha no cabelo, banho de vinte minutos, e um péssimo senso de grupo.
Situando vocês neste contexto, agora é possível imaginar onde fui meter o Chicó, no meio do mato com seis mil pessoas acampadas em barracas andando pra lá e pra cá, afundados na lama e com muita chuva pra desanimar o gato.

Pois bem, no primeiro dia ele ficou quietinho na barraca tentando entender o que eram aquelas sombras que passavam todo o tempo por nós e ainda tropeçava na barraca, no segundo dia queríamos passear com ele, mas não deu por causa da chuva incessante e sua avessidade à água. No terceiro dia Chicó já estava habituado ao som alto e ao grande número de sombras que passavam durante a noite e que cessavam durante o dia. Logo ele estabeleceu uma rotina, permanecia acordado durante toda a noite, e dormia durante todo o dia quando todos ficavam menos eufóricos e ele enfim podia descansar. Neste terceiro dia depois de jantar e tudo o mais, saímos da barraca nove horas da noite para os shows que se iniciariam, e como os outros dias deixamos ele dentro da barraca amarrado com um barbante trançado de uns cinco metros de comprimento, nossa barraca é grande e com varanda então ele podia se locomover fazer suas necessidades na grama e ainda brincar com os insetos. Porém, as sombras da noite ainda o confundiam, e neste exato terceiro dia Chicó decidiu que se esconderia embaixo de um carro que estava estacionado a uma barraca de distância de nós, e que lá ele sentiria-se muito bem obrigado.
Quando eu e meu marido chegamos naquela madrugada na barraca encontramos o barbante com a coleira azul de sininho na ponta, Chicó tinha fugido por baixo da barraca e ido debaixo do carro. Eu sabia disso porque ele já tinha ensaiado o passo naquela mesma tarde, fazendo com que eu pulasse a cerca que separava as barracas dos carros e o buscasse debaixo daquele mesmo carro. Então quando vimos que ele havia fugido, eu e meu marido tivemos reações adversas, ele disse: - Bem ele vai achar alguém que cuide bem dele já que a mãe dele não cuidou direito, ou talvez tenham pego ele pra fazer algo, e me fez um cafuné na da cabeça do tipo, eu bem que imaginei que isso aconteceria, afinal, ele é um gato. Eu pensei, - como alguém havia colocado a coleira encima da barraca, devem ter encontrado a coleira no chão e percebendo de onde o fio vinha depositaram sobre nossa casa móvel. Ok. Lembrando do episódio daquela tarde, eu conclui então que o Chicó havia fugido da coleira se escondido debaixo do carro e logo pela manhã voltaria pra barraca, caso ele não voltasse  na manhã seguinte eu iria até a rádio Kombi e faria anuncio do sumiço do Chicó. Sem nenhum peso ou preocupação  pensei no Chicó e disse: -Mamãe te ama confia em você e está te esperando aqui, você sabe onde estamos e fim. Dormi a noite toda, até o momento em que fui despertada pelas unhas do Chicó, que arranhavam a porta da barraca, então fui lá abri a porta e disse: - E aí a noite foi boa? Ele comeu, bebeu e foi dormir no meu travesseiro, cabeça com cabeça, bem abraçadinhos. E durante os dois dias que se seguiram ele dormiu brincou, fez suas necessidades na grama o que o deixou muito satisfeito, brincou com grilos, tentou explorar o mato, mas a grama molhada e a garoa não o deixavam à vontade com a situação. No fim Chicó ficou tranquilo, eu fiquei tranquila, e na hora de desarmar a barraca ele achou a maior festa e ficou pulando encima das coisas, pegando fogo e se divertindo à beça. 
Resumo da aventura, Chicó foi o primeiro gato da história desde que eu saiba a frequentar festivais como o Psicodália, ficar tranquilo, feliz e sair pra dar um rolê e voltar na manhã seguinte sete horas da manhã, como o filho pródigo que sempre a casa retorna. Nosso gato não fica nervoso, não rasga a barraca e não faz cara feia em situações que para outros gatos seria extremamente estressante. 
Conselho, se você não tem uma conexão de confiança e amor espiritual com seu gato não o leve para lugar algum, castre-o, aprisione-o, e transforme-o em uma bola gorda de pelos, porque viver com um gato não castrado e ainda levá-lo com você para todos os cantos, vai deixar seu gato sujeito a experimentar sentimentos novos, experiências que podem assustá-lo ou não, ele vai tirar seu sono, arranhar os bancos do seu carro e ainda morder seus pés enquanto você tenta dormir depois de um dia de muitos shows, pés cansados, e você ao contrário de todos não irá descansar como deveria porque tem que brincar com o gatinho.
Enfim eu amo o Chicó, e o levarei para todos os próximos acampamentos, talvez um dia ele não volte eu não sei, talvez ele seja raptado, atropelado, fuja com uma gata, eu não sei das várias coisas que podem acontecer com nosso filhote, mas eu sei que eles não são indefesos, eles são seres espiritualizados e conscientes, e estão à mercê de todos os perigos do mundo assim como nós.

Mas é preciso dizer mais uma vez, a conexão que eu criei com o Chicó é algo que supera as expectativas de todos que conhecem nós dois, portanto se você não for capaz de viver eternamente sem saber quando e como seu gato voltará, não faça nada do que eu fiz nos relatos acima.








sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Bonjour meus amados leitores, estou expandindo essa consciência aqui, e espero um dia encontrar realmente todos os corações que me leem e acompanham meus poemas unidos por um único fio condutor, O Amor.
Libertem seus problemas, porque eles não existem. Nada que foi criada pelo homem merece nossa preocupação. Abram seus olhos e expandam sua energia até que ela seja capaz de chegar ao coração, porque é só aí que todos seremos úteis aqui na Terra e quem sabe recebamos alguma promoção.

Tenham um lindo fim de semana

30 de janeiro de 2015

O tempo das distrações chegou ao fim.
nunca mais olhos nenhum me desviarão.
Agora próximo ao fim, ao recomeço,
nada nem ninguém será capaz de pagar por mim um preço..
Eu que caminhei pelo itinerário mais perfeito
eu que nunca virei em uma esquina sem pedir conselhos,
de repente perdi completamente a direção.

Mas também o esquecimento e a distração fizeram parte do conhecimento.
Se tropecei naquele sorriso, foi porque esqueci do começo,
Me embriaguei pela luxúria do mundo,
E acreditei na face que ingenuamente distorce conceitos.
Mas agora, tão consciente e tão contundente,
ninguém será capaz de me tirar deste centro.
Pode passar todo o exército russo por cima do meu sonho
que eu não padecerei sob suas botas de borracha.
Pode ser que forças de todos os lados tentem me confundir,
Mas todas falharão mil vezes, porque outras mil vezes já as vi.
e NENHUMA destas facetas danificarão a minha matriz.

Mesmo que o sangue se contraia com a dor, ele uma hora volta a se expandir.
Mesmo que a lágrima seja escassa, outra hora ela volta a cair.
Mesmo que todas as armas sejam armazenadas, um dia voltarão a explodir.
Mesmo que a esperança esteja empoeirada, um dia desses ela volta a se sacudir.

Nada neste mundo denso pode ser palpável,
nada neste planeta de homens perversos pode me obrigar a desistir.
Desde que ouvi o centro e me deixei conduzir
todas as vozes que eu ouço me dizem pra onde devo seguir.
E não há mais julgamento neste mundo que me faça confundir.
De todos os dias que passei a esmo, nenhum eu passei disperso.
Todos os passos que pisei, me trouxeram até aqui,
e todos os passos que continuo tomando me afastam de tolos que conheci.

E desde então todas as conversas são ridículas,
todos os conceitos são inúteis
e todas as pessoas merecem o meu amor
mesmo que eu nunca seja capaz de amá-las com a razão
talvez um dia eu desperte o chacra do coração,
e todo esse desprezo por quase todos que conheço, desapareça junto com a evolução.

de sua Juh...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Bonjour leitores amigos, hoje o poeminha é pra todos aqueles que amam seus amigos do reino Dévico, essa nossa centelha que uma hora ou outra acaba fugindo da ratoeira.
Tenham um fim de semana bonito, e espero que vocês nunca experimentem a dor de ser deixado por um felino....

sexta-feira dia 09 de janeiro de 2015

O Chicó fugiu.
Pra você ver como é.
Um dia você homenageia o gato com poesia
No outro ele foge de você e vai morar na vizinha.
A vida poderia ser mais racional, mal não faria 
Mas sou toda sentimental e não aguento anestesia.
Agora tudo o que mais quero é ver o Chicó subindo a escada da cozinha
Ver aquelas patinhas macias me desafiando e me fazendo carícias.
Ahhh, Chicó como vou viver sem tuas cantorias
Sem tuas caretas enquanto sonha com borboletas.
Talvez de tanto sonhar tenha cansado dessa vida prisioneira.
Talvez o quintal tenha perdido a sua graça terrena
E você tão selvagem ainda tão pequeno decidiu encontrar seus sonhos em outros planetas.
Ahh meu amado gatinho me perdoe se andei te dando amor demais,
É que é impossível resistir as tuas caretas matinais.
De todos os seres que me ensinaram a amar,
Você foi o único que fugiu de casa.
Volta, mesmo que seja pra fugir de volta
Mas não me deixe assim tensa sem saber de nada.
Sem esse teu carinho o meu coração de repente se afoga.


De sua Juh...

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Bom dia meus queridíssimos leitores, Trago um poema que é nada menos do que a possibilidade de mudança que está dentro de cada um de nós. este ano eu desejo muitooo amor e luz para todos vocês que me leem, para todos vocês que nunca admitirão a minha poesia, a minha forma não rítmica, mas que ainda assim possuem a curiosidade de saber o que elas realmente significam?

Depois deste ano aprendi a não julgar os outros, porque os outros somos nós, não há como se desvencilhar desta verdade universal, depois de tanto analisar percebi que em algum momento dessa minha vida eu já fui alguém que eu não admirava, já me vi usando essas máscaras que muitas vezes nem soube o porquê. Deste nosso novo ano espero ser mesmo alguém melhor, alguém que entenda mais e contribua com essa jornada cármica aqui e agora. Espero ser capaz de amar mais e desprezar menos, compreender mais e repreender menos, espero para mim o melhor que eu posso encontrar em vocês.
Que nossos olhos se abram e que nossos ouvidos aprendam a filtrar e nossa mente a questionar as doutrinas que nos prendem.

tenham um bom dia.

terça-feira dia 06 de janeiro de 2015

Quando tudo está em paz...

Das prateleiras escoradas no chão vejo o futuro das paredes pintadas.
Daquela garoa acelerada é possível ver os raios de sol através das nuvens acinzentadas.
Das pegadas do gato no fogão vermelho eu vejo a sede pela água não contaminada.
Nos azulejos antigos do banheiro eu vejo Atenas deitada numa banheira envernizada.
No quadril que se alarga mais e mais, eu vejo as velhas calças sendo doadas.
Atrás daquela nuvem esparsa é possível adivinhar a nave que não se mostra intimidada.
Na claridade de uma casa ensolarada encontro a luz que sua face não refratas.
E depois de encostar no pelo macio do gatinho tão amável posso desejar nunca mais te abraçar.
Dos livros que nunca li encontro a verdade que em verdade nunca vos digo.
Na total falta de interesse pelo mundo compreendi, que o conhecimento é um prêmio que não vale um cêntimo. 
O conhecimento só vale se você souber lidar primeiro com o ego.
Logo das pessoas que conheci nenhuma deixou de jogar seu conhecimento no lixo.
é por isso que depois de tanto esbravejar me sento prostrada em silêncio.
Depois de orar, de meditar, de estudar, foi a tua carne que me fez compreender a verdadeira e única forma de ser propício.

A paz é relativa assim como o tempo, assim como os teus olhos que não os vejo já faz um tempo.
A paz provoca convulsão nas almas que vivem sob a vigília de seu ego.
A paz não promove o lucro ao capital.
A paz não é estimada na terra porque provoca o caos.
A paz é aquilo que só existe na imaginação dos encantados.
A paz é algo que eu já nem sei mais.

de sua Juh...
Um pouco de confusão sempre é bom... É sinal de mudança.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Bonjour meus queridíssimos leitores e amigos, estou muito feliz com a vida, com os fins de ciclos, com os recomeços, e espero que todos vocês que me leem possam sentir essa mesma energia que é renovadora e maravilhosa.

Como diz Marcelo Camelo "Paz. eu quero paz".
Como dizia Raul "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante" e eu prefiro muito.

Tenham um bom dia e uma boa leitura.
estejam plenos como estou, sejam felizes porque o sofrimento é opcional.
bisous...

18 de dezembro de 2014, quinta-feira

No fim do arco-íris não tem potes de ouro,
Mas não existe fim não é mesmo?
Assim como o arco-íris é um arco impalpável
Que diverte os olhos das crianças
Assim mesmo é o nosso esquecimento no mundo.
Não sabemos pra quê viemos, nem pra onde vamos.
Mas isso já não foi dito outra vez?
Eu não me preocupo mais,
Eu não me angustio mais.
Eu não sofro neste corpo nunca mais.
Quando estas questões são respondidas
Tudo nesta vida fica mais claro, mais leve e óbvio.
É difícil até escrever poesia, é como se todo aquele mistério das palavras
Desaparecesse junto com o mistério do universo.
Quando abri meus olhos em uma manhã de novembro
Vi pela primeira vez a verdadeira cor do arco-íris.
Pela primeira vez esse arco de cores não me angustiou
E agora toda a dor, todo o sofrimento que aquele velho sentimento de mundo causava
Se calou.
Eu me calei.
A verdade realmente nos liberta.
Quem conhece a si mesmo conhece o mundo.
E não há nada mais acalentador do que conhecer a verdade.
De todas as vezes que aqui desci esta é a mais agradável.
Agora eu sinto paz, agora eu realmente sinto amor.
Agora nenhum ego pode retirar essa coroa, que em mim, um mendigo colocou.

De sua Juh...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Bonjour mes amis, venho aqui para dar um comunicado, como vou ser titia/madrinha, vocês meus leitores sempre tão compreensivos e queridos, verão muitos textos aqui falando da graça que é receber um bebê neste mundo, então aos insensíveis eu peço que tenham paciência, porque poesia é sentimento, e tudo o que sinto agora é amor demais por esses anjinhos que estão desde muito contagiando muitas vidas. O amor é mesmo redundante e clichê, por isso não se avexem se encontrarem repetição por aqui, porque amar o mundo todo não cabe muito na nossa psique.



Para todas as grávidas, mas principalmente para vocês que merecem todo amor e poesia do mundo...
Lelly e Simone com amor...

Uma vida nova é uma nova vida para quem for pai mãe e madrinha.
Só há uma forma de aprender amar incondicionalmente, amando uma criança.
Se ainda assim você não conseguir desabrochar essa forma de amor, então desista, você tem muito que aprender ainda nesta vida.
Se quando a gravidez de alguém muito próximo a você não mexer com sua vida,
Então esqueça, não há nada que possa te emocionar mais nesta vida.
Se quando você tiver apenas dez reais na bolsa e houver uma promoção de livros por 10,00 reais em uma banca, e você optar por comprar mil e uma noites em versão ilustrada para crianças, ao invés de, comprar a biografia de Saramago, então isso significa que você aprendeu alguma coisa nesta vida.
Ouvir sua mãe dizer que ter filhos é esquecer-se de si mesma e pensar só mesmo nos filhos, é algo clichê pra quem é apenas filho, mas ser mãe é isso mesmo. É esquecer involuntariamente de seus desejos para servir aos desejos dos filhos como se isso não fosse sacrifício nenhum nesta vida.
Eu ainda não sou mãe, eu ainda continuo sendo filha, mas com tantas crianças nascendo fica difícil não amar um pouco mais essa vida.
Sendo tia/madrinha, fica ainda mais difícil não repensar todas as coisas bonitas que existem no mundo, fica difícil aceitar qualquer ato de violência à vida.
Toda forma de vida é sagrada é única e é divina.
É impossível continuar no mesmo ritmo, nos mesmos passos sabendo que todos os dias crianças nascem para preencher o mundo de luz e alegria, é como acender uma vela em uma casa escura e vazia.
Se você nunca sentiu esse amor pelo mundo com a chegada de uma nova vida, então desista, vá preencher seu tempo com qualquer forma de apatia, porque é impossível existir neste mundo e não se contagiar com essa luz que irradia a cada longo dia.

A vinda de uma nova alma no mundo é tão arrebatadora que até mesmo um poeta começa a ver rima onde nunca antes houve poesia.

QUANDO UM TEXTO REPETIR TANTAS VEZES A PALAVRA VIDA E ALEGRIA, DESCONFIE, OU VOCÊ NÃO ENTENDE NADA, OU DESCONHECE O VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA.



Amar é a única forma de traduzir a beleza que é o começo de uma nova vida.

Se você tiver achado esse texto uma besteira, e não tiver deixado cair nenhuma lágrima de alegria, é porque você dançou, pode recolher sua ignorância e  deixar meu texto passar, porque de todas as coisas do mundo que eu desconheço a indiferença com o amor materno é o que mais me angustia.

de sua Juh...

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Bonjour meus queridíssimos amigos e leitores, fiquei com saudades de vocês, mas como dizia o mestre Saramago, quando não temos nada pra falar é melhor nos calarmos. Sou extremamente de acordo com essas palavras, afinal, se não for contribuir em nada para o mundo cale-se. A sua opinião é totalmente dispensável para os outros, o que você acha não se baseia em nada, então cale-se.
Assim me calei.
Agora quero dizer algo, quero expor algo, quero agregar algo, e conto com a leitura de todos vocês para que estes pensamentos sejam dispersos pelo mundo afora.
Tenham uma linda semana cheia de coisas deliciosas.
Até mais queridos amigos e leitores longíquos.
Bisous




O simples mora no AR

Alma pra transcender
Véus para rasgar
Janelas para quebrar
Altares para orar.
Calçadas para pisar
Membranas para esticar.
Você para descansar.

Deus para me dizer.
Ateus para desdizer.
Céu para imaginar.
Estrela para morrer.

Amores para viver.
As dores para sofrer.
Amigos para esquecer.
Política pra emagrecer.
Flores para cheirar.
Esgotos para enjoar.

As musas para inspirar.
Os poetas para escrever.
As bailarinas para dançar.
Os professores para emburrecer.
Os pintores para pintar.
Os apreciadores para julgar.

Crianças para renovar.
Velhos para encalhar.
Adolescentes para rebelar.
Adultos para beber.
Jovens para libertar.
Alma pra transcender. 

Os burros para ignorar.
Os jumentos para apontar.
os jegues para conceder.
E os homens para emburrecer.

Gente burra burra..
Gente cheia de si, cheia de tudo.
Gente que morre pela boca,
mas nunca enterramos o defunto.
Gente que sabe, pensa que sabe.
Gente que ao invés de calar se enfurece.
Gente que me faz vomitar
com a burrice de suas preces.
Gente que me desonra
Gente que não me merece.
Gente que é tão pequeno
que um dia desses desaparece.
Gente que não é artista,
mas age como se não soubesse.
Gente que não se resigna 
quando a sorte o empobrece.
Gente que odeia a globo
mas quando aparece no jornal se enobrece.
Gente que não vale nada
mesmo assim vocês aplaudem e esquecem.
Gente que não vai pra escola,
porque a escola perece.
Gente que pede esmola
porque o trabalho enlouquece.
Gente demente, perdido, confuso, sem dom, sem estilo, sem amor, sem paz, sem sabedoria, sem ser capaz, burro, indigno, e deveras vai voltar pra Terra muitas vezes mais até aprender, amar acima de tudo, aprender escutar, aprender reflexionar, aprender deglutir, aprender respirar, aprender perdoar, aprender objetivar, aprender a lembrar que essa vida é só um degrau que nos leva a um nível mais digno de nós mesmos.

Um dia mais vivendo no mundo enfermo.

De sua Juh...

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

um ano sem escrever poesia.

Bom dia leitores e amigos, estou postando um post que poderá ou não significar algo para a sua vida, tudo depende de como você vê e vive a sua experiência aqui.

Bisous, tenham um bom dia.




01 de setembro de 2012 segunda-feira
Um ano em que não escrevi poesia.

Eu não sou nem a modelo nem a intelectual.
Eu não escrevo corretamente, nem tão mal.
Eu não sou a personagem de quadrinhos, nem tão real.
Eu não sou a sorte de quem ganha, nem o azarão que perde o bilhete premiado.
Eu não sou o poeta estereotipado, nem o comum homogeneizado.
Eu não sou um dia de sol, nem sou o frio invernal.
Eu não sou a fruta suculenta do pomar, nem sou a erva que dana todo o quintal.
Eu não sou o anjo de pétalas de rosas, nem sou a serpente que ronda a sua casa.
Eu sou algo entre o que existe e o inesperado.
Eu sou um amargo sonho de primavera inacabado.
Eu sou a alma do artista em um dia a dia comum.
Eu sou a pintura que brilha aos olhos, e o pintor que nunca vendeu quadros.
Eu sou uma mecha loura entre perucas que nunca terão um penteado.
Eu sou a menina levada, que nunca leva o prêmio para casa.
Eu sou a cruz flamejando que não será santo nem pecado.
Eu sou o pedestal do microfone em que você canta meus desencantos.
Eu sou a mistura escandalosa, entre, o gênio literário e o delinquente que escandaliza as vizinhas.
Eu sou aquela que acentua os poemas, mas esquece de por a vírgula.
Eu sou aquela que escreve e não aquela que revisa.
Eu sou a poeta descabeçada que não entende a finalidade de ser vida.


De sua Juh....

domingo, 10 de agosto de 2014

Eu que não sei nada de ser pai e que só sei de ser filha, decidi que nada é maior do que o amor de um filho pelos seus pais nesta vida. 
Não acredito em falsos amores que vem e vão, nem na hipocrisia daqueles que não compreendem o verdadeiro sentido da vida e da morte. Eu só entendo de amar e zelar pelos que você ama, de importar-se com a opinião daqueles que zelam por você. E o que mais me dá nojo nestes dias de comemorações, são as falsas palavras que jorram sem sentimento algum, implorando apenas pelo ibope que esse falso sentimento pode causar aos olhos e corações alheios que estão cheios de nada.
Não me venha com essa falsa melancolia por alguém que você despreza o ano todo, desrespeita, ignora, e usa como caixa eletrônico, servindo apenas para satisfazer suas necessidades comerciais e vaidade.
Olha, de todos estes depoimentos vagos e sem verdade alguma, pouquíssimos se salvam, pouquíssimos demonstram a natureza de seu coração.

Meu pai sabe com toda certeza da admiração que tenho por ele e amor inconfundível que brota de cada palavra e gesto meu. De fato eu não precisaria dedicar um texto apontando cada sentimento maravilhoso que tenho por ele, porque o que não falta em nossa relação é respeito e demonstração de afeto.
Mas como meu pai é um poço de amor e sensibilidade, dedicarei este espaço hoje 
a ele porque é mais do que merecido, e é o mínimo que posso fazer por um homem que criou, amou, educou, ensinou, e formou quatro filhos  com tão pouca idade e experiência, baseado no único valor que é capaz de superar toda a dificuldade que a inexperiência não pode afetar, amar incondicionalmente os seus filhos e família. Porque do amor nascem todos os outros ensinamentos que são essenciais para que nos tornemos seres humanos dignos de viver esse amor.


Quando penso no meu pai é impossível não pensar em mim mesma.
Nós somos a mesma carne, o mesmo sangue, o mesmo espírito multiplicado.
Nada do que eu creio, ou vivencio tem natureza desconhecida e contradizente.
Porque toda a liberdade que me foi dada, foi aparada pelo amor e responsabilidade que a mim foram dados.
Não há como amar mais meus pais e agradecê-los por seus cuidados e sabedoria nesta vida, do que fazer a minha vida um caminho do qual eles se orgulhem.
A cada passo que dou em direção ao meu destino, tenho sempre a certeza de que nada pode nos separar, porque as raízes que em mim foram plantadas criaram resistência e profundidade suficiente, para que eu jamais me esqueça de quem eu sou.
Meu pai com sua sabedoria e inteligência nata, que tanto me influenciou e impressionou, e ainda impressiona. 
Meu pai com a sua delicadeza de um monge, que se alimenta como se tivesse sido educado por duquesas e anjos, nascera do berço de ferpas e se tornara um homem que eu nunca poderia ser.
É observando todos os dias o milagre que é meu pai nesta vida que sigo meu caminho e meu coração sem medo de estar só e em um deserto de pregos.
Porque quem conhece a humildade de seu coração, e a grandeza de sua alma, apostaria que esse homem que tem nome de santo, é muito maior do que a sua vida pode parecer.
Eu apostaria com mil homens que meu pai nascera para construir um mundo muito melhor e maior, mas como essas possibilidades lhe foram tiradas, eu como uma de suas grandes obras tento dar voz a este homem, que teve como grande feito resignar-se ao destino e criar seus quatro filhos para serem algo mais neste mundo.
Espero um dia passar para o mundo a grandeza deste home, porque essas difusas palavras são incapazes de transportar sua nobriedade em tão poucas linhas.

Pai te amo e sou grata por todo o amor que transformou meu mundo e minha história. Espero do fundo do meu coração transformar toda essa devoção sua para comigo em algo muito maior e nobre.

De sua filhota Juh...
Para Pedro pai

sábado, 19 de julho de 2014

bonne nuit.
Este poema não precisa de introdução, ele se explica por si só.
Espero que apreciem...
bisous..

19 de julho de 2014

eu que já não sou nada
que já não sei de nada
que já não vejo nada
que não creio em nada
que não vivo nada
que não escrevo nada
que não desfruto nada
que não logrei nada
que não encontro nada
que não criei nada
que não ganhei nada
que não conheci ninguém
que não amei ninguém
que não surpreendi ninguém
que ignorei você
que desisti da vida
que me entreguei ao medo
que desisti dos segredos
que nunca serei poeta
que nunca vencerei festivais
que nunca serei algo mais
que finjo viver o real
que nunca encontro meu quintal
que passo os dias lendo sem mais
que não me expresso mais
que me deixo aos carrapatos
que imploro por um sinal
que espero pela salvação
que me distinguo de outras nações
que me engano com palavrões
que não sei o nome do meu tédio
que vivo como um velho cego
que desacredito os jovens pretensos 
que perdi o rumo de meus passos certos...

eu espero um sinal...

De sua Juh...

quinta-feira, 17 de julho de 2014

bonjour meus queridos leitores, de todas as artes a que melhor rege meus sentimentos é a música, então como não poderia deixar de homenagear essa que é a dádiva mais explícita terrenal.

Tenham um bom dia.
bisous.

a música explode.
explode mil vezes em mim.
explode mil vezes diferente.
explode cada dia em um órgão
explode primeiro no peito depois nos olhos
explode a alma em mil pedaços adstringentes
explode as cordas vocais num grito
explode as veias sensoriais num rito.
explode as lembranças como quebra-cabeças sem encaixes.
explode os quadris, os pés e o assoalho.
a música explode o mundo e o conforta com seu balanço.

a música implode pra depois explodir
ela se esconde em cada poro em cada raiz que está por vir
ahhh a música.
se você pudesse me ouvir
diria que a nona sinfonia de Beethoven nasceu nas asas de um colibri.

de sua Juh...