domingo, 30 de março de 2014


BONSOIR meus queridos amados leitores e amigos, com vocês não economizo mesmo adjetivos.
Trago mais um poema com gosto de outono, com os ventos que sempre me fazem viver o meu melhor, e os meus delírios mais carnais.
Deixem-se levar pela conversa descompromissada, os poemas são sempre a vontade estúpida de lhes contar algo que nunca deveria ser pronunciado.
Bisous.

Música pra acompanhar a leitura: Caê na voz de Camelo
https://www.youtube.com/watch?v=IfVZdF10zFs

Eu sei criança ferida, que mais dia menos dia você reabre a mesma ferida.
Também sei do seu temor, aquele mais profundo que dorme em meus olhos
Sei da sua neura em lançar um novo livro e me reencontrar em seu público.
Sei que sua tentativa de reaproximação foi fraqueza primaveril.

Sei que quando pensa nessa cidade florida, logo você pensa em mim,
Jamais seus dias serão os mesmo, nunca seus versos serão tão completos
como foi quando destinava-os ao meu francês encarnado.

Desista criança estúpida, nem me lembro de seus versos, de sua fala do seu codinome.
Esqueci completamente enquanto vivia intensamente a velha e sempre paixão,
Enquanto conhecia novos amigos e reconhecia os velhos afãs.

Não sobrou nada entre nós dois, nem ódio, nem espadas, nem lágrimas nem calor.
Tudo o que existiu um dia foi a criação brilhante de meus prodígios pensamentos,
A ilusão que criei pra nós dois foi doce e grata, mas você é simples de mais para uma valsa.

Vá criança tristonha, vá encarar seus pobres versos tristes e melancólicos,
Esqueça da graça de nossos dias primaveris e vá viver como o poeta que morre sem merecer estátuas...

De sua Juh...

Nenhum comentário:

Postar um comentário