Bonsoir mes amis chéris. O poema de hoje é o último da trilogia destes três últimos poemas, é por isso que a temática se parece assim como a retórica se repete, mas todos os poemas que a Musa está declamando fazem parte de um único livro intitulado Uma Musa sem um poeta escrito em 2012 e ainda sem publicação. Espero que gostem deste poema porque o próximo será bem menos leve e bem mais profundo. Então desfrutem dessa lindeza.
Juliana S, Müller
sábado, dia 20 de outubro de 2012. 3
Ouvindo Chico.
Sou só o reflexo da minha imaginação,
Imagino, logo existo.
Sou tantas que poderia protagonizar
Minha própria história mil vezes narrada
Por mil olhares distintos.
Crio personagens que vejo em filmes americanos,
Franceses e brasileiros.
Fui Alice porque me disseram que eu era.
Acreditaram mais no meu personagem do que em mim.
Gostaram da energia que fluía dos meus olhos e dos meus
sapatos.
Beijaram meus lábios se embriagando em meu néctar.
Eu dividi meus personagens com almas desamparadas.
Dei tudo o que pediram e fui feliz assim.
Sonhei, desejei até em ser a musa de um poeta.
E que cada pensamento, cada verso desses poemas
Fossem meus, fossem a minha essência eternizada.
E agora regozijo com cada frase nova, com cada perfume
exalado.
Porque os cheiros e as músicas me trazem à memória
As lembranças em suas mais vivas formas.
E agora escrevo poemas inventados como respostas,
E não me encorajo de enviá-los ao seu destinatário.
Talvez guarde essas respostas eternamente em mim.
Matando a Musa e o Poeta em uma gaveta.
enfim...
enfim...
Exilando-os de sua própria morada enfim.
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