05 DE JANEIRO DE 2018. sexta-feira
Não tenho mais ruminações.
apenas espero.
imagino.
baseada nas profecias antigas aguardo.
Sei qual estrada me levará à Terra prometida.
Muitos dedos me apontaram a direção do alto paraíso,
e mesmo que teus pés empaquem aqui, eu viajarei para lá.
já descobri nosso futuro nas linhas dos homens desencarnados.
Muitos me contam sobre nosso futuro escasso.
Eu não duvido.
Decido não encontrar trabalho.
sou livre.
Ser livre é que é ter trabalho.
Quando tua mente se abrir como castanha.
Verás que das loucuras que te conto.
Não há uma que não deva ser encarada com urgência de Estado.
Não entendo.
Por que de tantas cabeças pensantes,
a minha é que tem que conhecer o destino tão claro?
Se todos esses meus amigos raros,
imersos em suas ilhas paradisíacas se afogam no raso,
e eu conhecedora de seus destinos me calo. não falo.
Quem sou eu?
Eu sou alguém?
Ninguém me proíbe,
apenas minha lucidez social me impede.
Se eu falasse eloquentemente sobre nosso fim,
todos ririam, chorariam, teriam pena de mim.
Mas ninguém me seguiria para o centro do país.
Seria eu e nosso filho,
dois corpos fugindo para o prelúdio da transição.
Quando o relógio marcar 142018.
já não estaremos mais aqui.
Observaremos através do espelho d'água,
toda a massa da terra ruir.
Só restarão as montanhas que aguardam nossos pés
só estas permanecerão intactas, para que possamos subir.
Enquanto avistamos ao longe as águas fluírem até aqui.
Juliana S. Müller
Não tenho mais ruminações.
apenas espero.
imagino.
baseada nas profecias antigas aguardo.
Sei qual estrada me levará à Terra prometida.
Muitos dedos me apontaram a direção do alto paraíso,
e mesmo que teus pés empaquem aqui, eu viajarei para lá.
já descobri nosso futuro nas linhas dos homens desencarnados.
Muitos me contam sobre nosso futuro escasso.
Eu não duvido.
Decido não encontrar trabalho.
sou livre.
Ser livre é que é ter trabalho.
Quando tua mente se abrir como castanha.
Verás que das loucuras que te conto.
Não há uma que não deva ser encarada com urgência de Estado.
Não entendo.
Por que de tantas cabeças pensantes,
a minha é que tem que conhecer o destino tão claro?
Se todos esses meus amigos raros,
imersos em suas ilhas paradisíacas se afogam no raso,
e eu conhecedora de seus destinos me calo. não falo.
Quem sou eu?
Eu sou alguém?
Ninguém me proíbe,
apenas minha lucidez social me impede.
Se eu falasse eloquentemente sobre nosso fim,
todos ririam, chorariam, teriam pena de mim.
Mas ninguém me seguiria para o centro do país.
Seria eu e nosso filho,
dois corpos fugindo para o prelúdio da transição.
Quando o relógio marcar 142018.
já não estaremos mais aqui.
Observaremos através do espelho d'água,
toda a massa da terra ruir.
Só restarão as montanhas que aguardam nossos pés
só estas permanecerão intactas, para que possamos subir.
Enquanto avistamos ao longe as águas fluírem até aqui.
Juliana S. Müller
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