25 de janeiro de 2018
Todos os massacres estão sendo ignorados.
Ninguém para os senhores da guerra.
Todos têm olhares desatentos,
Todos os umbigos centralizados.
Nunca o ego foi tão globalizado.
Ninguém mais pede pela paz mundial,
Todos compactuam com o CAOS.
Todos os conflitos já foram instaurados e inflamados,
Uns fanáticos,
outros mercenários.
Nem mesmo os argumentos foram validados.
A guerra se faz com armas,
mentes vazias,
e capachos.
Em verdade vos digo,
Não vejo nenhum de nós impedindo o fim,
Estamos todos alimentando este triste cenário.
Nós ainda não enxergamos o astral e
ainda vemos nos objetos o status.
Não vejo sinal de luz,
só vejo sinal de fogo.
Meus olhos não criaram essa ilusão,
Eu vi o sinal nos desencarnes desenfreados.
Todos os dias um tremor de terra,
todos os dias um vulcão em colapso.
Todos os dias um novo conflito instaurado.
Desta vez ninguém ousa nomear o mau instalado.
Informantes desviam do óbvio,
leitores não conectam os pontos.
O intelecto foi comercializado pelo telefone móvel.
As discussões giram em torno de quinquilharias sem propósito.
Nas bocas, músicas vexatórias ressoam em coro.
Nos olhos, o reflexo dos corpos pré-fabricados.
Nos pés, o chão estéril, um solo seco e envenenado.
E vocês não perdem tempo com o mundo,
No entanto não há mesmo tempo.
Suas cegueiras os fecharam em um baú de aço.
E o relógio marca um minuto para o nosso fracasso.
Quando as doze badaladas do relógio ressoarem,
Todos viraremos destroços.
E a história será contada lá do alto.
Enquanto todos encontram uma maneira de não serem exilados.
Em verdade vos digo,
Enquanto voltamos nossos olhos para vislumbrar o por do sol,
no outro lado do horizonte há um corpo despedaçado.
Em verdade vos digo,
Quando nos virarmos com horror para olhar a grande guerra,
nossos pés já serão capazes de sentir o tremor de Terra.
E então finalmente, só sobrarão as pedras.
Juliana S. Müller
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