sábado, 29 de junho de 2013

depois de uma longa abstinência do blog, encontro hoje espaço pra retornar as atividades poéticas por aqui, porque não dá pra dissociar da vida.

Não é que eu vá postar poemas somente em dias festivos, já que o último post foi feito no aniversário da minha irmãzinha e agora no aniversário do meu pai, é que nesse intervalo de tempo a vida correu como corre sempre a vida, vazia e cheia de compromissos desinteressantes, com salvos fins de semanas onde podemos desfrutar da amizade e da companhia de pessoas geniais.
Então trago um poeminha cheio de vida, mesmo que a vida de hoje seja cheia de musgos e mofos ainda é vida.
então até mais e um bom fim de semana pegajoso.
bisous

sábado, 29 de junho de 2013
Se na vida me angustio,
Na arte me refugio.
Se na vida estou longe do pai,
Na poesia seguro seu manto.
Se já não vejo caminhos a trilhar,
Encontro nos versos um novo lar.
Se passo dias a me desgastar,
Descanso nas páginas até me cansar.
Se deliro em dias de chuva penais
Desvio dos turvos enigmas matinais.
Cansei de ser poeta quero ser algo mais.
Não quero a pena dos ricos,
Quero o amor dos mendigos.
Quero ver Rimbaud sobreviver nestes dias invernais.
Onde atropelam homens como se fossem animais.
Se um dia encontrar triunfo nas palavras,
É porque morri e estou em transito pra outras escalas dimensionais. 

De sua Juh...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

embora seja difícil falar de amor em tempos de guerra, reservei aqui em meu peito e na minha cabeça, um espaço para as pessoas que eu amo serem amadas. Como ontem minha irmã mais nova fez 17 anos, preciso homenageá-la de alguma forma. Então que seja com a bela poesia.

17 de junho de 2013, segunda-feira
Todos os anos as flores murcham e desfalecem,
Mas todos os anos as flores brotam e renascem.
Toda a nossa vida vemos flores nascerem e morrerem,
Mas poucas são as flores que observamos com desvelo
com aquele cuidado que só cabe as flores do nosso jardim.
Não me interessa cuidar de flores de jardins alheios.
E por isso consigo observar e amar cada flor do meu
como se eu mesma as tivesse plantado e dado a vida.
Com a minha bailarina é algo assim que construí.
Vi ela nascer, crescer, amadurecer, mas não lhe dei a vida.
Hoje minha bailarina desfila pelas ruas desse mundo
E arranca sorrisos, amores, desamores, de inúmeros corações.
Com essa bailarina aprendi a amar como se fosse mãe,
Como se fosse possível amar de inúmeras formas a mesma pessoa.
Ai essa bailarina que veio ao mundo encantar com suas sapatilhas,
Que veio desvendar mundos inteiros, com giros e piruetas
Enquanto eu as escrevo nesse humilde poema tentando as eternizar.
Que minha bailarina seja de todas a mais perfeita,
Que ela brilhe longe ou perto, mas sempre como uma estrela
Nunca como um cometa que encanta, mas se apaga quando o rastro acaba.
Amo essa bailarina e embalo ela todas as noites em meus sonhos.
E com todas as forças desejo que ela seja tão feliz
quanto é possível a uma grande bailarina realizar.

De sua Juh... Para a minha Bailarina.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

bom dia meus queridos leitores, eu não acredito na "arte pela arte", eu acredito que toda arte deve ter sim uma função, e de preferencia social. Quando falo em arte como função social, estou pensando na arte que ajuda na evolução da humanidade, na evolução do pensamento, do artista que facilita e inflama o pensamento do leigo. Não acredito nos poetas em suas torres de marfim, acredito em projetos literários, acredito na poesia engajada, acredito que os artistas devem usar o seu dom para um bem maior, e não apenas pro seu ego e de seus pares.
O poema que posto hoje tem muito a ver com a situação que o Brasil vem vivendo desde que é Brasil. E este poema que foi feito no ano passado traz um pensamento que são muitos, que eu tenho dito desde que despertei pra esse novo velho mundo.
Cabe muito bem no que estamos vivendo hoje, mas é importante compreender que estamos lutando por muitas décadas.

Reflitam.



sábado, 1 de setembro de 2012
Não dá mais pra falar de flores.
Eu sugiro que esqueçam as lamúrias.
Meus nervos estão brotando do asco.
Dessa política fingida, que engana e
Desmente a verdade com tal facilidade
Que nos deixa à beira de um abismo
Sem caminhos para voltar.
Todos mentem, todos encobrem a verdade,
Não há possibilidades de acreditar
Em uma única palavra do que eles pensam falar.
Somos todos órfãos, de um país sem pais.
Não podemos confiar em ninguém,
Não há mais santos que nos façam ter fé,
Não há mais esperanças pra tanta corrupção.
A nossa última arma é a antiga revolução.
Mas nós não temos mais o Che, nós não temos nada.
Não temos ninguém pra nos guiar pelas florestas.
Somos cegos em uma encruzilhada,
Somos surdos em um debate de cobras.
Acabou sonhare, acabou o choro.
Não há mais tempo pra amar o mundo,
Temos que amar nossos futuros.
Temos que nos reinventar e
Escutar os que ainda falam por nós.
Os estudiosos que criam teses por nós.
Deixemos o consumismo pros escrotos,
Compremos ideologias fundáveis,
Ideias criadas do pensamento são,
Santo não, não somos santos somos guerrilheiros,
Amemos a evolução e criemos a revolução.
Não há mais paz, “paz sem voz não é paz, é medo”.
Abramos as janelas pro conhecimento,
Reunamo-nos na praça pra protestar,
Deixemos os pobres de espírito fraquejar.
Não há mais como dormir e esquecer.
Cansei de ser mais um na massa falida,
Agora serei eu a minha própria guia.


De sua obstinada Juh...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Hoje com tamanha satisfação venho lhes contar uma história de amor que vêm sendo contada há milhares de anos, mas que hoje se concretiza, se multiplica. Almas são predestinadas, e o amor é a única razão de existirmos. Não pretendo convencer ninguém dos meus preceitos e de minhas crenças, infelizmente muitos dos que lerem esse poema não entenderão, mas não os culpo, é necessário muito mais do que conhecer os meus poemas pra saber do que se tratam, como uma romântica assumida, meus poemas são em suma biográficos, e por isso poucas pessoas saberão e sentirão a emoção que eu senti ao escrevê-lo.

Tomem esse poema como seus, façam dele o que desejarem. Só não digam que eu não avisei.
O amor é desvinculado de tudo o que não é sagrado, então pense o porque de você estar morrendo sempre afogado.

Feliz dia dos namorados, mas feliz dia para os que amam seus namorados.

quarta-feira, 12 de junho de 2013
Pelo amor transcendental.
Procurei incansavelmente por um poema de amor.
E encontrei, encontrei muitos dizendo o meu amor.
Descrevendo com sofrimento e paixão o meu desejo.
Mas sinceramente tive medo de expor meu passado.
Então forçosamente decidi buscar no fundo de minha alma esta canção.

O amor nasceu em nós junto do nascimento de nossa alma.
Há os que entenderão isso e apreciarão com champagne e morangos.
Outros balançarão a cabeça e irão rir de minhas palavras.
Mas nosso amor nasceu assim, azul e vermelho, e nossos filhos violetas.
Quando Jesus amou Maria Magdalena, nós fomos cúmplices.
Quando nosso amor falhou fomos separados e humilhados.
E então veio o dia em que eu te vi reinar e eu fui sua plebeia.
Depois você lutou inúmeras batalhas em nome do nosso amor.
E eu governei de um trono de espadas os seus passos no Deserto.
Nos encontramos no dia em que o mundo declarou amor e paz.
E desde então temos nos encontrado vida após vida escrevendo na história.
O nosso amor deve ser dividido e multiplicado como fazem os poetas.
E dessa vez meu anjo, nossos passos construíram uma nova era.
E pela última vez desceremos e sofreremos pelo amor da Terra.

De sua Juh...


domingo, 9 de junho de 2013

Bonjour meus amigos queridos. No fundo todo ser humano que se preze deseja receber uma declaração, não apenas de amor, mas uma que revele as suas qualidades, sua alma e nunca a sua idade. Eis que hoje trago um poema de amor, é antigo eu confesso, pois parece que o amor, aquele de verdade, não tem mais espaço nos nossos dias conturbados.
Apreciem a pureza de minhas palavras.
bisous.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Amo te amar.
Como se já não fosse o bastante ainda você me vem com essa face de criança,
Com esse sono que remete A PARAÍSOS ANGELICAIS.
Agora assim te vendo dormir me dá uma tremenda vontade
De por você em meus braços e embalá-lo como sua mãe fizera outrora.
Contento-me em te observar, porque todo o mundo dorme em sua coroa.
Seus lábios entre abertos me parecem ainda mais carnudos e vermelhos,
Suas longas pestanas delineiam o realce de seus olhos,
 Devo em outros versos ter escrito isto, mas como poderia não os repetir?
Se toda vez que me deparo com eles os meus próprios olhos o invejam.
Depois desta enferma tempestade, os anjos desceram e nos acalmaram
Beijando nossas faces com suas asas magistrais.
Aproximando ainda mais o convívio entre anjos e animais.
A distância aproxima as pessoas. Mas e o convívio as afasta?
Creio que os únicos culpados pela distância são nossas vozes
Que se calam congelando o tempo e os corações dos mais devotos.
Mas agora tudo está em paz, e as minhas escassas lágrimas já não caem mais.


De sua Juh.......

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Bonjour meus queridos e fiéis leitores, trago um poema natural, um desejo espiritual que mora dentro e fora de mim. Desejo à todos vocês que me lêem que me acompanham, sim porque minha poesia é o meu todo, desejo que tenham um ótimo fim de semana e muita luz em seus corações.
bisous.

 sábado, 5 de dezembro de 2009/ sexta-feira, 7 de junho de 2013

Eu quero uma casa no campo também,
Quero estar só e escrevendo,
A caneta numa mãe e o cigarro na outra,
Olhando tudo em volta evocando a inspiração.
Observando o som dos pássaros,
Ouvindo o som das cascatas que escoam pelas pedras.
Quero sentir o gosto do tomate criolo.
Plantado por minhas próprias mãos.
Quero o prazer de tocar meu violão,
Sem preocupar-me com o vizinho e seu sermão.
Quero a liberdade de caminhar nua pelos pastos,
Nadar pelos rios como a pureza do nascimento.
Quero ver as flores misturando-se com as ervas.
As borboletas colhendo néctar em meu jardim.
Quero beijar o frio outonal enquanto colho uvas nos parreirais.
Não eu não pretendo fugir,
A natureza nunca será o meu espaço de fuga,
Mas sim o meu habitat natural, o meu lar primordial.

de sua Juh,...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Bonjour meus leitores afincos e relapsos, cada um sabe qual é o seu caso.
Hoje trago um poema também inédito, o negócio é que não estou afim de revirar velhos poemas empoeirados, mais interessante por hoje é postar o que ainda está fresco e rabiscado.
Tenham um ótimo dia, e aproveitem pra elevar as suas vidas.
bisous


terça-feira, 4 de junho de 2013
Deixe de lamúrias papagaio negro.
Enquanto você expõe suas crises
Eles te julgam você é o excêntrico.
Às vezes sua consciência me enche,
Porque ousar de tanta exposição.
Ninguém se importa é a sua opinião.
Cresça e apareça pobre papagaio.
Fala muito enquanto se contradiz
Você nunca será levado a sério
Porque os papagaios só se repetem
Eles não criam discursos evolutivos
E é assim que acompanho os seus
Sempre tão cheio de rebeldia.
A real é que rebeldia não rima acima dos 30.
Julga-se que com a idade, ganha-se sobriedade.
Quem sabe você não se afoga em sua própria saliva.
Vou acompanhar aqui de longe seus passos,
E presenciar sua morte duas vezes na mesma vida.
Porque assim é que acontece com quem fala e não bica.
morra papagaio negro, morra!.

De sua Juh...


domingo, 2 de junho de 2013

Bonsoir, meus queridos e afortunados leitores, trago um poema mais fresco do que os ventos polares.
acabo de compor algo pra vocês, algo pra mim, algo que seja real e inverossímil, doce e amargo, porque o equilíbrio não está nos extremos mas na fusão deles. Nem todos buscam o equilíbrio, mas para os que buscam, será fácil se deleitar nesses versos óbvios.

Domingo, dia 02 de junho de 2013
Cada poeta com a sua palavra mestre.
A palavra que me guia é energia.
Tudo se resume em emoções e sensações.
E não há onda de calor que não interfira
Na sensação de estarmos mortos ou vivos.
Cada som emitido de uma guitarra
Do encontro de um prato e uma baqueta,
Elevam o espírito em exaltação ou
O levam as profundezas da alma obscura
Dramática, melancólica, nostálgica.
Foi assim que descobri essa relação
Com tantas outras épocas.
Foi a onda sonora emitida por vozes desconhecidas
Que me lavaram a conhecer uma nova era, em outras vidas.
Reconheci-me em tantas histórias
Que jurava ter sido a protagonista de muitas delas.
As artes carregam energias que não se dissipam,
As energias transcendem os milênios
E os que estiverem elevados em seus templos
Reconheceram a si mesmos em artes
Que nunca viram, ouviram ou sentiram antes nesta carne.
Descobrirão afinidades que só existe na mesma alma.
E quando a alma evoluir será capaz de reconhecer
Num cheiro de incenso todos os seus eus escusos,
Que estiveram em você esperando por um lampejo.
Felizardos os que não desconfiam destas sensações
Destas intuições dos cheiros, dos sons, das imagens, dos temperos.
Estes seres elevados usufruem da liberdade
Com o deleite de reconhecer em uma única vida todos os tempos.


De sua Juh...