domingo, 10 de agosto de 2014

Eu que não sei nada de ser pai e que só sei de ser filha, decidi que nada é maior do que o amor de um filho pelos seus pais nesta vida. 
Não acredito em falsos amores que vem e vão, nem na hipocrisia daqueles que não compreendem o verdadeiro sentido da vida e da morte. Eu só entendo de amar e zelar pelos que você ama, de importar-se com a opinião daqueles que zelam por você. E o que mais me dá nojo nestes dias de comemorações, são as falsas palavras que jorram sem sentimento algum, implorando apenas pelo ibope que esse falso sentimento pode causar aos olhos e corações alheios que estão cheios de nada.
Não me venha com essa falsa melancolia por alguém que você despreza o ano todo, desrespeita, ignora, e usa como caixa eletrônico, servindo apenas para satisfazer suas necessidades comerciais e vaidade.
Olha, de todos estes depoimentos vagos e sem verdade alguma, pouquíssimos se salvam, pouquíssimos demonstram a natureza de seu coração.

Meu pai sabe com toda certeza da admiração que tenho por ele e amor inconfundível que brota de cada palavra e gesto meu. De fato eu não precisaria dedicar um texto apontando cada sentimento maravilhoso que tenho por ele, porque o que não falta em nossa relação é respeito e demonstração de afeto.
Mas como meu pai é um poço de amor e sensibilidade, dedicarei este espaço hoje 
a ele porque é mais do que merecido, e é o mínimo que posso fazer por um homem que criou, amou, educou, ensinou, e formou quatro filhos  com tão pouca idade e experiência, baseado no único valor que é capaz de superar toda a dificuldade que a inexperiência não pode afetar, amar incondicionalmente os seus filhos e família. Porque do amor nascem todos os outros ensinamentos que são essenciais para que nos tornemos seres humanos dignos de viver esse amor.


Quando penso no meu pai é impossível não pensar em mim mesma.
Nós somos a mesma carne, o mesmo sangue, o mesmo espírito multiplicado.
Nada do que eu creio, ou vivencio tem natureza desconhecida e contradizente.
Porque toda a liberdade que me foi dada, foi aparada pelo amor e responsabilidade que a mim foram dados.
Não há como amar mais meus pais e agradecê-los por seus cuidados e sabedoria nesta vida, do que fazer a minha vida um caminho do qual eles se orgulhem.
A cada passo que dou em direção ao meu destino, tenho sempre a certeza de que nada pode nos separar, porque as raízes que em mim foram plantadas criaram resistência e profundidade suficiente, para que eu jamais me esqueça de quem eu sou.
Meu pai com sua sabedoria e inteligência nata, que tanto me influenciou e impressionou, e ainda impressiona. 
Meu pai com a sua delicadeza de um monge, que se alimenta como se tivesse sido educado por duquesas e anjos, nascera do berço de ferpas e se tornara um homem que eu nunca poderia ser.
É observando todos os dias o milagre que é meu pai nesta vida que sigo meu caminho e meu coração sem medo de estar só e em um deserto de pregos.
Porque quem conhece a humildade de seu coração, e a grandeza de sua alma, apostaria que esse homem que tem nome de santo, é muito maior do que a sua vida pode parecer.
Eu apostaria com mil homens que meu pai nascera para construir um mundo muito melhor e maior, mas como essas possibilidades lhe foram tiradas, eu como uma de suas grandes obras tento dar voz a este homem, que teve como grande feito resignar-se ao destino e criar seus quatro filhos para serem algo mais neste mundo.
Espero um dia passar para o mundo a grandeza deste home, porque essas difusas palavras são incapazes de transportar sua nobriedade em tão poucas linhas.

Pai te amo e sou grata por todo o amor que transformou meu mundo e minha história. Espero do fundo do meu coração transformar toda essa devoção sua para comigo em algo muito maior e nobre.

De sua filhota Juh...
Para Pedro pai

sábado, 19 de julho de 2014

bonne nuit.
Este poema não precisa de introdução, ele se explica por si só.
Espero que apreciem...
bisous..

19 de julho de 2014

eu que já não sou nada
que já não sei de nada
que já não vejo nada
que não creio em nada
que não vivo nada
que não escrevo nada
que não desfruto nada
que não logrei nada
que não encontro nada
que não criei nada
que não ganhei nada
que não conheci ninguém
que não amei ninguém
que não surpreendi ninguém
que ignorei você
que desisti da vida
que me entreguei ao medo
que desisti dos segredos
que nunca serei poeta
que nunca vencerei festivais
que nunca serei algo mais
que finjo viver o real
que nunca encontro meu quintal
que passo os dias lendo sem mais
que não me expresso mais
que me deixo aos carrapatos
que imploro por um sinal
que espero pela salvação
que me distinguo de outras nações
que me engano com palavrões
que não sei o nome do meu tédio
que vivo como um velho cego
que desacredito os jovens pretensos 
que perdi o rumo de meus passos certos...

eu espero um sinal...

De sua Juh...

quinta-feira, 17 de julho de 2014

bonjour meus queridos leitores, de todas as artes a que melhor rege meus sentimentos é a música, então como não poderia deixar de homenagear essa que é a dádiva mais explícita terrenal.

Tenham um bom dia.
bisous.

a música explode.
explode mil vezes em mim.
explode mil vezes diferente.
explode cada dia em um órgão
explode primeiro no peito depois nos olhos
explode a alma em mil pedaços adstringentes
explode as cordas vocais num grito
explode as veias sensoriais num rito.
explode as lembranças como quebra-cabeças sem encaixes.
explode os quadris, os pés e o assoalho.
a música explode o mundo e o conforta com seu balanço.

a música implode pra depois explodir
ela se esconde em cada poro em cada raiz que está por vir
ahhh a música.
se você pudesse me ouvir
diria que a nona sinfonia de Beethoven nasceu nas asas de um colibri.

de sua Juh...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Bonjour meus queridíssimos leitores, este poema que lhes entrego hoje deve ser lido ao ritmo desta música:
https://www.youtube.com/watch?v=_T5Nwd-MWII .
Tudo nesta vida é transpiração e inspiração, arte e engenho, doce e amargo, claro e escuro. e o lado bom da vida é também o trágico, por isso não me iludo com os tapinhas que me dão por aí. Desde que eu saiba quem eu sou e pra aonde vou nada além de Deus pode me deter. E se Ele me deter é porque o caminho nao era por ali. Por isso meus queridos não temo, não temo, não temo.

De sua Juh...

quinta-feira, dia 19 de junho de 2014
Deste jeito tão nosso de fazer tudo certo
Isso ainda vai acabar nos matando.
E justo agora, bem agora
que toda essa arte vem me sufocando,
Que todo o mundo explode em meus poros.
Não, agora não, ainda tenho amor baby aqui.
Justo quando estou livre você  me castiga
Coloca-me pra roer velhos livros inúteis.
Não, agora não, deixe-me conhecer o âmago
Da minha própria existência estrelar.
Deixe-me provar da minha própria teimosia,
Lembra daquela prova de fogo, pois eu provei amor
Eu fui até o fundo e ganhei meu troféu.
Eu ousaria muito mais, cavaria muito mais fundo
Pra ser livre, pra voar tranquilamente sob tua pele.
Desde aquela última conversa meus nervos se destroçaram
E tudo o que late em mim é a encruzilhada dos 23 anos.
Ah... vida, pra quê ousar de tanta educação?
Seja sincera enquanto o sol ainda pinta os meus cabelos,
Enquanto há oxigênio explodindo em meu peito.
Não me leve pra aquela caverna
onde enterraste teus últimos santos .
Lá nem Deus ouviria meus súplicos e prantos


Juliana S. Müller.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Meus queridos leitores devotos ou nem tão afeitos, talvez apenas curiosos. Sempre desejei conhecer o rosto de cada olho que me lê. Mas não me angustio, só desejo à todos, todo amor em preto e branco.

O poema de hoje não é uma homenagem aos namorados, embora todo poema de amor nos leve à pensar nos pares de almas atreladas. O poema que posto hoje acabou nascendo da insonia desta madrugada, e fala do amor que tenho por minha vida e por essa incrível jornada que faz dos meus problemas irreais, perto da grande doença que amarga o mundo dia após dia.

Então brindem com a beleza de nossas pequenas causas, porque a beleza que há no mundo deve superar toda a desgraça.

QUARTA-FEIRA, DIA 12 de JUNHO DE 2014 MADRUGADA

No nosso recanto do mundo.
Nesse pequeno pedaço de céu vejo o mundo todo ampliado.
Talvez a falta de ter para onde olhar, 
Guie meus olhos por outros rastros, outros caminhos entrecortados. 
Desse pedaço de céu fiz o meu livre terreiro.
Desse quadrado ensolarado, extraí versos que encantaram o mundo inteiro.
De dentro dessa caixa amarela saíram os maiores segredos,
sonhos alucinantes e experiências, que o ópio não pode comprar.

Dessa caixa de cimento amarela, descobri uma nova vida.
Um novo céu enfeitado com estrelas do Rock e da Pop Art,
Nestas paredes que esperam pelo mofo do inverno
Escrevi desde o sonho efêmero, até os piores pesadelos.
Neste pequeno quarto tão decorado, imprimi minh’alma
Como se fosse eu mesma, aquele pequeno quadro.

Ah... Nestes dias que foram se multiplicando,
Transformando-se em anos memoráveis.
Eu desenhei meu rosto por tantos espaços,
Que já não saberia contar o número de quadrados, que tanto amei impressionar.

Não sinto falta de quase nada,
Conheci almas impressionáveis,
Desvendeis bares impressionantes.
E passei noites acreditando que nunca iria me recordar.

Ah... desses dias que acontecem, nenhum deles me fez querer parar.
Ah... desses anos insanos, de nenhum deles eu desejo me separar.
Um brinde à juventude que se expande na alma de quem não se deixa evaporar.

De sua Juh...

bisous




sábado, 31 de maio de 2014



Bonsoir mes amis.
O poema de hoje não é nada mais do que todos já sabemos, mas é mais do que a maioria consegue viver durante cem anos.
Não acorde com tudo o que vou dizer, apenas deixe que o ritmo dos versos embale você.
Deleite-se no que ainda há de belo, no que ainda não é comércio, no que ainda flui da pele serena de uma juventude insana.
bisous


quantos poetas colecionarei ao longo dessa vida?
Espero ser o mesmo número de versos de minhas poesias.

De todos os discursos desinteressantes, o seu é
sem sombra de dúvidas o mais intragável.
O menos deleitável para as mais simples almas.
e o mais aplaudido por retratos esquálidos e enterrados.

Não me venha com versos desonestos, sem a magia.
Não queira transformar a poesia na sua insignificante vida.

A poesia tem que vir da alma,
A poesia tem que vir do coração.
A poesia não tem que ser problema.
A poesia nunca será a solução.

Como diz o artista que tanto amo:
Não se faz poesia deveras,
sem ter antes sofrido danos.

A poesia está sem graça,
porque sem graça também está o ser humano.

Século XXI, o século de todos os santos.

de sua Juh...


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Bonjour.
Um poema para aqueles que ainda leem, para as almas que não vivem sem a beleza do canto.
Um ótimo fim se semana sem esquecimentos.
Bisous leitores queridos e amigos.

pOESIA pra quÊ?

Não desminta os meus ritmos,
Se eu não sinto, nada sinto!
Se eu não canto, algo eu canto.
Nem todo verso será o meu.
Nem todo refrão trará a paz.
A sexta-feira não foi feita pra poesia.
Mas quem se importa com os signos.
Todos queremos a maçã por um dia.
Saia desta pronominalização
Inverta seus sentimentos
Troque-os por alguns reais.
Deixe o cansaço das vidas pra lá
Se deixe, se jogue na vontade de ser
Dramatize, manipule seus jogos
E volte pro mesmo canto do começo.
O mundo é desgastante amor.

De sua JUH.... 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Bonjour mes amis. 
Sejam bem vindos queridos leitores para uma leitura descomprometida e regada de amarelo pela luz outonal.
Esse poema nasceu de uma implosão de sentimentos que são como um prisma de luz em mim.
Espero que o compreendam, não como o escrevi, mas como deve ser sentido por cada um que o ler.
Experimentem como se fosse a vida de vocês impresso em cada verso, em cada palavra que recebo todos os dias quando penso e sinto tanto amor de vocês.
Bisous.

Dia 08 de maio de 2014. quinta-feira. Outono...

E que venham as refrações da vida, 
em todas em minhas células.
Invadindo meus poros com seus anos-luz.
Que transbordem o meu corpo e liberem a minha alma,
Que de tanto sentir explode mil vezes à cada dia.
Ressignificando a ordem de meus sonhos,
Trasportando-me de ideias mínguas e mesquinhas
ao grande movimento do universo e do meu ser.

Que invadam a minha mente e me descubram
livrarias inteiras cobertas de espíritos astutos.
Que o mapa do meu itinerário nunca se revele aos meus olhos,
que a cada amanhecer seja uma surpresa.
Assim como fomos um dia eu e você

Venha o sangramento da Lua, 
A queda das mil estrelas.
Que venham todos os anjos me abraçar
Só pra dizer o quanto o novo mora em mim.
Pra que eu assuma de vez essa natureza selvagem
que imprime em meu DNA, a vontade de ser outra.
O desejo incessante de ser todas as musas,
todas as deusas, todas as mulheres que habitam em mim.

Que renasça todos os dias nesse novo círculo solar
a certeza inquestionável de que você é todo o mar.
Todas as sereias dormem em suas pálpebras,
todas as ninfas suspiram em suas lágrimas.
Acalme seu coração minha doce criança.
Sinta a luz do outono desta vez, porque o outono é tua casa.
Deixe as ameixas secarem na fruteira.
Deixe as flores murcharem numa lareira.
Volte para o seu sono profundo de alusão.
e deixe comigo as rédeas de sua emancipação.

De sua Juh...

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Bonjour queridíssimos leitores, trago mais um post pra encher seus dias de beleza. Nunca postei tão pouco no blog como neste ano, não sei se é só por falta de tempo, ou como diria o pensador, nós só produzimos quando estamos tristes, sendo assim não me sobra tristeza suficiente para escrever? Não sei, só sei que foi assim.
Estes dias têm sido bons e de mudança, sim todos os dias nós mudamos algo em nós, mas parece que em alguns momentos o mundo não muda pra nós, e o que acontece é que tudo está se movendo neste ano, tudo muito bom, tudo muito legal, e o tempo escorrendo por entre os dedos sem a gente perceber. 
Pretendo reservar mais tempo para vocês, para mim e para o blog, e como em um mês termino meu curso de graduação na Universidade, creio que isso será possível.
Mas hoje sem blá blá blá, vou fazer um poeminha pra encher seus olhos.
Bisous.




Com a tensão de um ano sob o pescoço vou aos poucos 
me aliviando destas dores passadas e dissolvidas no tempo.
Nos olhos já não carrego medo nem desprezo, apenas compreensão.
Houve dias em que a dúvida era o pensamento corrente,
Houve dias em que o medo era algo que passava mesmo que de repente.
Mas hoje com o outono de volta, com o sol e o frio e sua poesia viril
Não sobra espaço para os pequenos infortúnios dos tempos escassos.

Hoje no conforto de seus braços arranco todas as incertezas de mim
Se há um rumo certo não me conte pois não quero ouvir.
Todos os itinerários são incertos e cheios de surpresas 
e essa é a graça da nossa vida neste lugar habitado de almas errantes.

Depois dos 23 anos algo novo desperta, algo que rezam as lendas
Ser o mais afortunado momento de nossos dias, o mais frutífero.
Vejamos se um dia se concretizam essas lendas e eu ganho o meu troféu.

Hoje não espero do meu dia mais que um pedaço do céu gris,
Não desta vez não estarei olhando para o chafariz,
estarei sozinha desenhando sob o tecido em branco
que comprei para presentear aquela amiga que não sabe da beleza de sua aura.

Hoje espero despertar mais um doce sonho em cada alma que acorda.
Não há nada que não seja tão inútil, do que se importunar com o tempo que não é o agora.

De sua Juh...

domingo, 30 de março de 2014


BONSOIR meus queridos amados leitores e amigos, com vocês não economizo mesmo adjetivos.
Trago mais um poema com gosto de outono, com os ventos que sempre me fazem viver o meu melhor, e os meus delírios mais carnais.
Deixem-se levar pela conversa descompromissada, os poemas são sempre a vontade estúpida de lhes contar algo que nunca deveria ser pronunciado.
Bisous.

Música pra acompanhar a leitura: Caê na voz de Camelo
https://www.youtube.com/watch?v=IfVZdF10zFs

Eu sei criança ferida, que mais dia menos dia você reabre a mesma ferida.
Também sei do seu temor, aquele mais profundo que dorme em meus olhos
Sei da sua neura em lançar um novo livro e me reencontrar em seu público.
Sei que sua tentativa de reaproximação foi fraqueza primaveril.

Sei que quando pensa nessa cidade florida, logo você pensa em mim,
Jamais seus dias serão os mesmo, nunca seus versos serão tão completos
como foi quando destinava-os ao meu francês encarnado.

Desista criança estúpida, nem me lembro de seus versos, de sua fala do seu codinome.
Esqueci completamente enquanto vivia intensamente a velha e sempre paixão,
Enquanto conhecia novos amigos e reconhecia os velhos afãs.

Não sobrou nada entre nós dois, nem ódio, nem espadas, nem lágrimas nem calor.
Tudo o que existiu um dia foi a criação brilhante de meus prodígios pensamentos,
A ilusão que criei pra nós dois foi doce e grata, mas você é simples de mais para uma valsa.

Vá criança tristonha, vá encarar seus pobres versos tristes e melancólicos,
Esqueça da graça de nossos dias primaveris e vá viver como o poeta que morre sem merecer estátuas...

De sua Juh...

sábado, 8 de março de 2014

Bonjour à todas as mulheres que se fazem merecedoras de receber essa benção e carma que é ser fêmea em um mundo cheio de dualidades no qual nos colocam muitas vezes em patamares que não fazem jus a nossa história e realidade.

A cinco anos posto o mesmo poema no dia 08 de março, isso porque desde que fiz esse poema sou incapaz de fazer outro tão arraigado ao meu espírito feminino ancestral, mas hoje decidi me libertar desse poema e criar algo novo e que nascesse dessa nova força que desabrocha em todos nós que estamos conectados a essa nova consciência social.

Não há nada mais apaixonante do que um ser humano que reconhece a soberania de uma mulher.


No quadril da mulher mora toda uma sinfonia,
composta por mil vozes diferentes implorando seu amor.
Nos passos ritmados que descem as escadas e encostas,
carrega o som que embala uma valsa de corações deslumbrados.
Na ponta dos pés descalços que desenham ligeiramente a terra que pisa
mora toda uma beleza que não se replica, que não se explica.
E de passo em passo  vai criando um mundo que é todo seu,
mas que envolve um mundo que é todo nosso de magia e misticismo.


No seio da mulher habita toda uma humanidade,
que se alimenta dia após dia, da seiva que fomenta a vida.
Da beleza macia e descomunal que acaricia nossos olhos
com tamanho desprendimento carnal, vai transformando o sexo em ritmo natural.
Com sua dança elemental vai dando ao mundo uma visão menos banal,
com passos intuitivos desmistifica o inimigo que bebe agora em seu umbigo.

Nos olhos escuros e claros, dormem mundos inteiros esperando por um estalo.
Não há lanças, não há espadas, não há flechas não há armas,
que não sucumbam aos doces e árduos olhos de uma mulher.

Quando o mundo conhece a força que emana da verdadeira alma feminina,
é que nós conhecemos a mais declarada e desumana guerra.

Aquele que não tenha sido gerado no ventre de uma mulher, que atire a primeira pedra.


Uma singela homenagem às MUSAS que inspiram a vida e a arte de todos os artistas....

De sua Juh...


quinta-feira, 6 de março de 2014

Bonjour mes amis et lecteurs, hoje queria mais do que nunca me transformar em palavra e deixar a matéria da carne, para que vocês todos pudessem experimentar o que é ser pleno por um tempo que poderia ser infindável, mas que como tudo também termina.

Sim nesse feriado de carnaval aconteceu algo mágico e que fez o sentido da palavra carnaval mudar de figura. Durante muitos anos o carnaval fora um período de tempo em que eu me deparava com os pecados exacerbados da carne através de festas incontáveis em que as pessoas bebiam, desrespeitavam o próximo com a hipervalorização da carne e a libertinagem corria solta.
Sim eu nunca havia experimentado essa data incrível para desfrutar do que a vida nos apresenta todos os dias, porém em pequenas doses. Esse ano ao contrário de todos os outros me lembrarei do carnaval como um tempo de esperança, paz e amor. De liberdade, respeito ao próximo e dignidade. Durante todos os meses que se sucederem lembrarei do carnaval como um período do ano que não se pode faltar, que me leva pra um lugar do qual nunca deveríamos regressar. Por anos e anos recordarei daquele mundo que idealizei pra mim e que por alguns dias foi real..
Depois de conhecer o evento www.psicodalia.mus.br , meus dias nunca mais poderão ser sem graça, sem medidas, sem aquela ponta de alegria que mora na memória de quem conheceu esse evento um dia.
Ao contrário do que o mundo quer que acreditemos, a liberdade gera liberdade, e não libertinagem. A educação é essencial sim para o convívio entre nós na terra, e o amor permite que aprendamos com os nossos próximos sem ter que entendê-los apenas respeitando o livre arbítrio sem agredir nem denegrir a pessoa que não é o EU, mas que também não é apenas o outro.
Depois do Psicodália ficou difícil viver no mundo dito Real, onde todos tropeçam em nós como se fôssemos apenas mais um obstáculo no meio do caminho, e não como aquela pedra na qual a gente tropeça, mas pára para observar e aprender com ela. Sim meus queridos leitores, vocês que ainda não experimentaram a plenitude por mais de cinco, sete ou onze minutos de suas vidas, aprendam que há ainda lugares possíveis neste planeta tão lindo e abençoado em que a plenitude é constante e eterna.



No paraíso terrenal a moeda mais justa é o Dália.
As crianças neste habitat falam em Deus com amizade.
A malícia não habita os corações dos homens e mulheres psicodálicos.
A gentileza é a forma mais simples de demonstrar o amor ao próximo.
Um esbarrão em algum ombro aleatório, será uma conversa memorável.
Não há correria por um lugar no incrível pódio dos encantados.
A pureza da alma se contenta com um sorriso que nasce com o sol,
e ao contrário do Astro-Rei, este sorriso não se põe jamais.
As cores do arco-íris são as leis que regem este fantástico lar.
Se pudéssemos descrever a energia que emana naquela natureza
Descreveria com uma única palavra compreensível aos olhos comuns.
AMOR.

Até a próxima irmãos.

Wagneeeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...

só os bons entenderão...

de sua maravilhada Juh...

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Bonjour meus queridos amigos e leitores, o post de hoje tem a ver com umas experiências entre vida, cinema e literatura.
Coisas estranhas acontecem na vida, mas estranhamentos são obras de arte, e enganos são coisas de filmes que acontecem de vez em quando em um café de nome francês nas esquinas de Curitiba.
Tenham uma tarde adorável e se divirtam com o poema de domingo.
Bisous.

Entre o estranhamento que você me causou e o que a arte provoca,
O da arte é o que está em voga.

Foi estranho sentar-me à mesa de um estranho por engano e continuar sentando.
Mas você achando sano seguiu com seus meandros e sustentou meu engano.
Confuso como àqueles filmes de Almodóvar que nos provoca e nos evoca,
Você aceitou minha companhia e ainda me contou tudo sobre sua vida.
Eu no começo não entendia porque tanta euforia em uma conversa despretendida.
Mas pressentia que de alguma forma a sua energia era de um garoto de estrebaria.
Eu seguindo com minha leitura era torturada por suas perguntas,
que me causavam às vezes alguma repulsa.
Eu pedi meu cappuccino, e você seguia discutindo pelas 50ml do seu cafezinho.
Qualé, ninguém nunca lhe dissera que 50ml de um copo comportam apenas um café pequeno?
Eu sei  garoto castanho que nunca lera Bolaño e acabara de me contar seus planos,
Que sua euforia nada teve que ver com a cafeína.
Seus papos de garoto interiorano não disfarçaram a velocidade em que deglutia a tangerina.
Deixei meu orgulho no bolso, enquanto te desmentia sobre a vida de um curitibano.
Agora chega de tantos embrolhos, a conversa está ficando fria e hoje ainda tenho aula de androginia...
C'est fini!

De sua Juh...


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Uma Musa sem um Poeta: Bom dia meus queridos amigos e leitores, sei bem q...

Uma Musa sem um Poeta: Bom dia meus queridos amigos e leitores, sei bem q...: Bom dia meus queridos amigos e leitores, sei bem que as temperaturas andam altas e nos afetando em demasia, mas mesmo assim nossos dias cont...
Bom dia meus queridos amigos e leitores, sei bem que as temperaturas andam altas e nos afetando em demasia, mas mesmo assim nossos dias continuam... Devido à muitas mudanças me peguei sem disposição pra escrever no blog, pode ter sido o calor ou a falta de apetite que ele nos causa, mas o que interessa é que volto renovada e cheia de amor pra dar. 

Sim tem muita coisa acontecendo este ano, parece que depois da monotonia vem a badalação, muitos projetos, muitas escolhas, muitos sonhos se concretizando, e eu no meio de tudo isso, tentando ancorar meu navio. Portanto o primeiro poema deste ano será sobre isso, sobre as mudanças que nos esperam e que nós com tanto afinco esperamos.
Bisous...

Vá querida, vá ser gauche na vida, afinal que mal há nisso?
Esqueça todas aquela figuras desclassificadas que te enojou.
Deixe de ser tão prevenida e vá investir na felicidade que te escapa.

Vá ser feliz...

Depois você volta e me conta como foram seus dias a fio,
Como te olharam aqueles rostos amargos e indignados.
Aqueles homens em que você tropeçou enquanto atravessava a vida distraída,
Me conte também sobre aqueles dias em que viveu na agonia do fracasso,
E quando esqueceu-se das dores do passado e resolveu viver seu itinerário.
Me fale mulher sobre suas dúvidas mais indevidas, das suas buscas perdidas.
Me encante com suas histórias de encantamentos, de poções mágicas.
Me fale sobre suas novas descobertas, suas teorias extraterrestres.
Me deixe sorrir com as suas novas gírias, com suas novas vozes,
Com aquele novo sotaque.
Esqueça daqueles dias tão iguais, das desventuras sem mais,

Vá ser feliz...

Só volte quando já tiver o sorriso em seus lábios e a luz em seus olhos.
Só volte se seus sonhos já tiverem se realizado, e se a flor tiver florindo.
Só volte quando não houver mais sotaque que seja teu desconhecido.
Só volte quando os anos passados a tornarem irreconhecível.
Só volte se tiver na bagagem aquela esperança que não morre aos domingos.
Só volte minha menina quando não tiver mais dores pra dividir comigo.

Agora vá e me deixe pensar com meus botões....

Vá ser feliz enquanto há fogo em teu coração.

De sua Juh....

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

sábado, 30 de novembro de 2013

Bonjour meus leitores e leitoras queridos e saudosos.
Esse ano tem sido as trevas que a humanidade conquistou, a ressaca começa a ser sentida e nossas vidas cada vez mais fogem dessa penosa existência, dessas obrigações que nada tem a ver com a evolução da espécie. Essas obrigações que aprisionam nossa alma, e impedem que o espírito cresça e alcance o seu devido lugar na transgressão da vida.
Sim, esse ano não tem sido fácil, diria que um dom mais difíceis de nossas vidas, mas o sol está lá, tentando nos alertar para os perigos dessa jornada, embora ninguém mais encare a beleza do céu, as estrelas continuam a influenciar nossas vidas embora nossas vidas ignorem o brilho que eletriza nossas almas e eleva o nosso conhecimento que não é divino e muito menos terreno.

Tenham uma boa jornada, e um bom dia.


sábado, 30 de novembro de 2013
Será que você anda por aí, me espiando pelas calçadas.
Me vigiando como um guarda-costas que protege a sua amada.

Ainda sinto seus olhos pelos corredores por onde passo,
Pelo bar que um dia foi nosso. Mas por esses dias você morreu.

E agora sinto sua presença como a de um fantasma,
Como uma sombra que tenta roubar cada fragmento de luz em mim.

Antes de você morrer, avançou todas as barreiras do meu ser,
Me fez ser sua amiga pra depois me desmerecer.

Ainda sinto a essência de seus poemas, das madrugadas insones.
Me pergunto pela estrada, porque você acabou com nossos nomes?

Será que ainda sabe escrever versos pra alguma musa?
Talvez um dia até lance algum livro cheio de múmias.

O que importa dessa alucinação é o que fica não o que evapora.
O que ficaram da nossa viagem? foram os poemas e sua letra torta.

Depois destes poemas aprendi a beber, e a fumar marijuana.
Queimei meu lábio com o fósforo e amadureci mais do que a Madona.

Desde a nossa brincadeira de fazer versos, o planeta girou 365 dias,
E foi então que comecei a entender que essa tontura que me dilacerou
Desde aqueles dias, não tinha nada que ver com seus versos azuis.
E sim com a velocidade que minha mente se diluía enquanto a terra se movia.


De sua Juh...

domingo, 27 de outubro de 2013

Bonjour mes lecteurs preferés. Venho depois de uma longa ressaca lhes trazer versos solares de amor e prazer. Cada um use os versos que melhor lhe couberem é por isso que nunca me restrinjo à pequenos versos, para que vocês se sirvam em um banquete sem nexos.
Bjokss e tenham uma boa semana.

Nada importa para uma mente saudável e um espírito paciente.

Não importa que esse ano tenha sido o pior entre tantos anos.
Nada pode ser tão ruim, que não haja nenhuma boa história.
O melhor aniversário da sua vida, os amigos e o espumante.
Boa música e a liberdade que só conhecem as almas grandes.
As pessoas que chegaram e estacionaram para sempre em você.
Os novos artistas com suas músicas que nos descobrem a cada dia.
Os protestos que despertaram as mentes pra uma nova visão.
A mente aberta que despertou a visão nova para os protestos.
O Criolo que veio para ficar nas nossas veias e peles tatuadas.
Os momentos embaixo das cobertas trocando confidencias.
As descobertas de um novo mundo que nasce e outro que morre.
A vinda de um segundo Sol para a órbita da nossa Estrela-Mor.
As crianças que ainda não nasceram, mas já sopram músicas em meus ouvidos.
Ah, esse ano realmente foi um dos piores das nossas vidas,mas...
Não há nada que possa ser tão ruim que não traga benefícios.
O aprendizado que vem junto com a decepção com o descaso.
As faces que oferecemos a cada nova porrada que nos repelem.
Sim não guardarei rebanhos, nem sonharei com esses planos.
A cada novo ano um novo consolo, um novo sonho, o velho e o novo.
Não há nada tão ruim que não possa melhorar com a chegada do ano novo,
com as festas dos carnavais, com as cores do arco-íris nas ruas.
No sorriso das pessoas inofensivas. 
Sim esse ano não foi bom para nós, mas disso nós já sabíamos.
Da mesma forma que sabemos que no próximo nossas vidas serão as mais lindas.

De sua Juh...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Bom dia queridos amigos, leitores e omissos.
Feliz da vida com a chegada do sol nessa terra fria, afinal nunca demorou tanto pra chegar a primavera. E com a chegada do sol e das flores, vêm as cenas de romance, de sorrisos, o colorido, o cheiro de protetor solar, o suor da pele, as chuvas torrenciais que nos pega desprevenidos, todas essas delícias que nos torna humanos e a vida mais agradável. Cada estação com seus regalos, mas não há nada como sentir-se livre e ver as pessoas mais a vontades nas ruas, sorrindo mais e praticando a educação que fica congelada durante o tempo que as nuvens cobrem o céu de cinza.
Portanto trarei um poema primaveril e uma seleção de fotos que representam todas estas emoções que a primavera e o sol nos trazem.


É nestes dias pueris, de sol forte e flores florindo,
que o vento balança o vestido com delicadeza.
Às vezes bagunça o cabelo, ou levanta a saia.
Nada que não desprenda um sorriso ou uma gargalhada.
Os passos mais leves, os corpos menos inertes,
os pássaros aliviados por voarem num céu iluminado.
As roupas colorindo as ruas com suas estampas florais.
As faces menos carregadas e os passos desacelerados.
Um casal andando sem pressa cada um no seu compasso.
Os sorvetes escorregando das mãos das crianças que não percebem.
As fontes jorrando águas para todos os lados.
A beleza da menina que se refresca jogando água na testa.
O suor que escorre do pescoço e desce até o seio lubrificando o colo.
O dourado das peles que reflete à luz solar como num quadro.
Os beijos dados pelos casais de namorados.
As pessoas lotando os bares com a sede de um dia de trabalho.
A cerveja que desce pelas gargantas levando embora o calor.
Sim todas as estações com seus encantos, mas o verão
o verão possui de todas os maiores segredos bem preservados.
É nesta estação que todos sentem o desejo de serem fotografados.

De sua Juh...