sábado, 13 de abril de 2013

Esse poema fiz hoje pela manhã, despertada por uma doce lembrança da minha irmã mais nova a Pamis.
Algumas noites eu tinha pesadelos e como nós dormíamos numa triliche, eu pedia pra ela segurar a minha mão enquanto eu pegava no sono. Medo de sonhar de novo, medo de que o pesadelo se repetisse. Então ela estendia sua mãozinha e me fazia companhia, eu na cama do meio e ela na gaveta, cada uma na sua, sem se dar conta do quanto aquele gesto fraterno poderia ser algo tão gentil a ponto de hoje me fazer chorar.


Ai essa música, essa chuva,
botam a gente assim, de repente.


sábado, 13 de abril de 2013

Ai que dor essa lembrança me traz.
Dói não por ser uma lembrança triste,
Mas sim uma lembrança feliz que me faz chorar.
Porque me faz pensar que nunca voltará.
Que nunca mais segurarei a sua mão daquele jeito.
Com medo de tudo, medo de sonhar, medo de acordar.
E você ali com sua mãozinha de oito anos,
Segurando a minha bem mais velha,
Me amparando, amparando sua irmã mais velha.
Sinto falta desses pesadelos, sinto falta dos seus dedos.
Sinto falta do que não pode mais ser,
Das palavras que não posso trocar.
Dos risos que não posso provocar.
Aaaa sinto falta de simplesmente não falar,
De ficar calada vendo você rebolando sem parar.
Criando novos personagens pra me impressionar.
Sinto falta do que sou, sinto falta de ter você
Segurando a minha mão, enquanto eu tento não adormecer.

De sua Juh....

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